O Brasil vive um novo surto de dengue, com 345 mil casos prováveis somente nos primeiros meses de 2024, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Além disso, 36 mortes foram confirmadas e outros 234 óbitos estão em investigação.
O aumento no número de casos levou quatro estados a decretarem situação de emergência. Foram eles Acre, Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro. O Distrito Federal também emitiu o alerta. A média de aumento de casos registrados é de 250% em comparação ao ano passado.
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Em fevereiro, o número de casos deve superar o pico de 2023. Ainda assim, os maiores registros devem ser entre março e abril. Já a partir de maio, o número deve diminuir devido ao clima mais frio.
Apesar da doença ser típica no começo do ano devido ao calor, as mudanças climáticas impactaram diretamente no aumento de casos. O calor excessivo somado às chuvas intensas em dezembro de janeiro são os principais fatores apontados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Problemas sociais, como a falta de saneamento básico, também facilitam a multiplicação do mosquito e da doença.
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Prevenção
O combate aos criadouros do mosquito Aedes Aegypti segue sendo a principal forma de prevenção da dengue e de outras doenças, como Zika e Chikungunya, de acordo com o Ministério da Saúde.
Assim, é preciso estar atento aos focos de água parada, já que a larva do mosquito se desenvolve nestes locais. Para isso, é recomendado tampar caixas d’água e outros reservatórios, higienizar potes de água de animais de estimação, tampar ralos e pias, entre outras.
Também é importante reforçar o uso de repelentes e, se possível, colocar telas mosquiteiras em casa.
Sintomas da doença
Os principais sintomas da dengue são:
- Febre alta (acima de 38°C);
- Dores musculares;
- Dores atrás dos olhos;
- Fadiga;
- Perda de apetite;
- Manchas vermelhas no corpo.
No entanto, a infecção também pode ser assintomática ou apresentar quadros leves.
Caso apresente esses sintomas, procure a unidade mais próxima de saúde para receber as instruções necessárias. É importante não se automedicar, já que a pessoa infectada com dengue não pode ingerir determinados remédios.
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Dengue hemorrágica
A dengue também pode se apresentar em seu quadro mais grave, como a dengue hemorrágica. Nesse caso, os sintomas também podem ser
- Dor abdominal intensa;
- Sangramento nas gengivas ou no nariz;
- Presença de sangue nas fezes;
- Hipotensão postural (queda na pressão arterial após levantar);
- Vômitos persistentes;
- Hepatomegalia (aumento do fígado) e Dificuldade respiratória;
Vacina contra a dengue
O Brasil é o primeiro país a oferecer a vacina contra a dengue pelo sistema público de saúde. No dia 20 de janeiro, as primeiras remessas, cerca de 750 mil unidades, chegaram no país.
O primeiro público alvo é de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, que residem em localidades prioritárias, com critérios definidos a partir do cenário epidemiológico da doença no país. Essa é a faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações por dengue, depois de pessoas idosas, grupo para o qual a vacina não foi liberada pela Anvisa.
O Ministério da Saúde visa imunizar 3,2 milhões de pessoas em 2024 já que o imunizante precisa de duas doses, com intervalo mínimo de três meses.