Preocupado com o avanço alarmante da doença no país, o Ministério da Saúde do governo Lula (PT) iniciou, neste sábado (3), as atividades do Centro de Operações de Emergência contra a Dengue (COE Dengue).
A iniciativa, liderada pela ministra Nísia Trindade e realizada em parceria com estados e municípios, tem como objetivo acelerar a organização de estratégias de vigilância diante do cenário de aumento de casos no Brasil.
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O COE Dengue foi estabelecido pelo Ministério da Saúde para proporcionar uma análise detalhada e ágil dos dados e informações relacionadas à dengue, subsidiando a tomada de decisão para enfrentar a doença.
Somente em 2024, até o momento, foram registrados 243.721 casos prováveis de dengue. Os dados são do painel de atualização de casos de arboviroses do Ministério da Saúde.
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Na avaliação do governo federal, o lançamento do COE Dengue representa um passo fundamental no fortalecimento das medidas preventivas e de controle da doença, em coordenação com estados e municípios.
Sob o comando de Nísia Trindade, o Ministério da Saúde tem adotado medidas para enfrentar o avanço das arboviroses, incluindo a distribuição de vacinas e a realização de campanhas de conscientização.
Entretanto, a vacinação, mesmo sendo encarada como esperança para o futuro, ainda enfrenta desafios logísticos devido à baixa disponibilidade de doses.
Dengue e mudanças climáticas
O aumento significativo de casos de dengue, não só no Brasil, está diretamente relacionado à crise climática, tão intensificada nos últimos anos. Apesar de ter maior incidência em climas tropicais e subtropicais, o infectologista Marcos Caseiro explica que as alterações climáticas, como aumento da temperatura e das chuvas, fazem com que o mosquito se prolifere.
“Com o aumento do vetor, obviamente, aumentam as doenças transmitidas por ele. E a dengue é o maior problema do planeta. São quatro tipos diferentes de dengue, o que faz com que a pessoa possa ter dengue quatro vezes”, alerta o médico.