O conteúdo a seguir aborda temas que podem ser sensíveis e que podem ser desencadeantes para algumas pessoas. Dada a importância da informação, a Fórum reproduz como fato jornalístico.
O influenciador digital e criador de conteúdo Gustavo Tubarão vivenciou um momento de susto na última semana. Durante um treino na academia, ele teve uma crise de ansiedade e pânico, que foi registrada em vídeo e compartilhada em suas redes sociais. Acompanhado de amigos, Tubarão relatou dificuldade para respirar e fortes sensações de medo, pedindo socorro.
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Ele relatou ter se isolado em uma sala da academia durante uma crise de pânico. Em meio à angústia, ele suplicou a um amigo: “Não me deixa morrer, não. Está difícil de respirar”. De acordo com ele, a recente crise de pânico foi resultado de uma longa pausa nas atividades físicas. Foram 20 dias sem se exercitar durante uma viagem. “Eu já conheço o meu corpo. Para mim, ficar sem os meus exercícios, que é quando eu consigo espairecer a cabeça, levar os problemas para longe, é um veneno”, disse ao jornal O Globo.
Em paralelo à carreira como influenciador digital, Tubarão lançou o livro "O trem tá feio", pela editora Citadel. A obra, que tem sido muito bem recebida pelo público, trata de questões como ansiedade, pânico e depressão. De acordo com Tubarão, os alguns sinais teriam o levado para a sala na academia. “Eu sinto falta de ar, uma sensação de que tudo vai me fazer mal, que posso morrer por qualquer coisinha e isso já é o início da crise. Fico ansioso, com medo de que alguma coisa aconteça e eu não vou conseguir sair dessa situação. Meu batimento cardíaco também acelera e eu acabo "me afogando com o meu ar", é uma dificuldade muito grande de respirar. Então procuro um lugar mais calmo, mais vazio, pra tentar focar na minha respiração e ir acalmando aos poucos”, diz.
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Para melhorar a situação, o influenciador afirma que a primeira reação é tentar se convencer de que não vai morrer e que é só mais um ataque de pânico, mas que não é fácil. “Comecei a ter esse autocontrole faz um ano, mas não é sempre que a gente consegue segurar. Ali, naquele momento, principalmente, é muito difícil pensar em coisas positivas e fazer os exercícios de respiração, mas seria o certo a se fazer. E faço o que eu fiz: tento sair de perto de todo mundo, tento não conversar com ninguém para organizar a minha mente. Quando tem muita gente ao meu redor, tento me acalmar, saio, fico uns 15 minutinhos longe, depois volto.”
Durante a crise, Tubarão contava com a presença da namorada, Jade, com quem está desde 2022, e do amigo, Ayslan. A companhia de pessoas próximas, segundo ele, é fundamental para amenizar os sintomas de um ataque de pânico. “É o que fez a diferença para conseguir me acalmar mais rápido, porque estava perto de pessoas que já entendem o que preciso, como elas precisam agir para me passar segurança e acompanhar a situação do jeito certo pra mim. Então é muito importante ter pessoas que sabem como lidar nesse tipo de situação para não piorar aquilo e sim ajudar durante a crise”, destacou.
No vídeo publicado em seu Instagram, ele ressaltou a importância de buscar ajuda profissional: “Espero ter ajudado de alguma forma. É preciso buscar ajuda, não pode ter vergonha, você é mais forte do que imagina'. Na legenda, ele reforçou a mensagem: ‘Procurar ajuda psicológica ou psiquiátrica para entender as causas da ansiedade é fundamental para o tratamento. Cortar o problema pela raiz é essencial”.
Assista:
Crise de Pânico: o que é e quais os sintomas
A síndrome do pânico pode ser desencadeada por diversos fatores, incluindo estresse intenso, como crises financeiras, perdas de entes queridos, ou traumas como abusos e assaltos. A dença acomete principalmente mulheres, é caracterizada por crises de ansiedade repentinas e intensas, com duração média de 10 a 30 minutos. Durante um ataque de pânico, a pessoa pode sentir medo intenso de morrer ou perder o controle.
De acordo com informações do Hospital Sírio-Libânes, o tratamento para o pânico pode incluir medicamentos como ansiolíticos e antidepressivos, além de psicoterapia, mas a duração do tratamento varia de pessoa para pessoa, podendo durar meses ou anos. Os principais sintomas, são, segundo a rede integrada de cuidados em saúde no Brasil, Rede D’or:
- Episódios com estresse extremo;
- Transições de vida ou de carreira de forma abrupta;
- Morte ou doença de um ente querido;
- Estresse pós-traumático (TEPT);
- Histórico de violência e abuso na infância;
- Preocupação excessiva;
- Necessidade de estar no controle da situação;
- Expectativas altas;
- Dificuldade em aceitar mudanças de opinião;
- Repressão de sentimentos negativos;
- Negação de que haja algo de errado;
- Ocupação constante;
- Grandes responsabilidades e alto grau de exigência pessoal;
- Perfeccionismo e má aceitação de erros.