MEMORIAL DA PANDEMIA

Nísia Trindade cria memorial em homenagem às vítimas de Covid-19

Além da iniciativa, o Ministério da Saúde investirá R$ 272 milhões no preparo para enfrentamento de crises sanitárias no Brasil

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, ao centro, durante o anúncio desta segunda-feira (14).Créditos: Carolina Antunes/Ministério da Saúde
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O Ministério da Saúde terá, a partir de junho de 2025, o Memorial da Pandemia, que prestará homenagem às mais de 700 mil vítimas de Covid-19 no Brasil. A informação foi divulgada pela ministra Nísia Trindade e o projeto custará R$15 milhões. 

A estrutura do memorial ficará localizada no Centro Cultural do Ministério da Saúde (CCMS), no Rio de Janeiro (RJ). De acordo com a ministra, o projeto se trata de uma “política de memória”. Também fazem parte da discussão o Ministério da Cultura e o Ministério dos Direitos Humanos. 

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Além da iniciativa, o orçamento total de R$ 30,5 bilhões, que faz parte do Novo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), será utilizado para a ampliação do Sistema Único de Saúde (SUS) e para investimentos em tecnologia, a fim de melhorar a infraestrutura nacional para lidar com novas emergências sanitárias que possam surgir. 

"O PAC significa um grande esforço de governo para que o país retome o caminho de investimento, de crescimento, que tenha os pobres no orçamento e que avance, no caso da saúde, com agendas fundamentais", afirmou a ministra. 

Segundo Nísia, o intuito é que o SUS alcance ainda mais a população e, portanto, serão criadas 3,6 mil novas Unidades Básicas de Saúde (UBS) em todo o país, sendo 57% delas destinadas ao Norte e Nordeste brasileiro. Quanto à saúde da população indígena, 130 comunidades será beneficiadas com a construção de 80 novas UBS em e da ampliação de outras 50 unidades já existentes

O investimento para a preparação de enfrentamento de crises sanitárias totaliza R$ 272 milhões. 80% deste valor será utilizado para ampliar a Rede Nacional de Laboratórios de Saúde Pública (RNLSP). O intuito é fortalecer a rede de diagnósticos e monitoramento epidemiológico, que foi fundamental durante a pandemia de Covid-19.

Assim, os Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen), os Laboratórios de Fronteiras (Lafron) e os Laboratórios Municipais de Saúde Pública (LMSP) receberão melhorias, contando com R$ 217 milhões para a ampliação de seus equipamentos. A proposta prevê ainda o investimento de R$ 40 milhões para a criação do Centro de Inteligência Genômica (Cigen), que seria responsável pela identificação de patogênicos circulantes de interesse para a vigilância em saúde. 

Por fim, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) será expandido para 1,6 mil novos municípios. O Telessaúde, programa que tem o propósito de tornar mais acessível o atendimento e os serviços de saúde, receberá R$ 150 milhões para a compra de 3 mil equipamentos multimídia para consultas, além da instalação de 52 novas unidades em todo o país.