NOVA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Nísia Trindade defende retomada do complexo econômico-industrial da saúde

Ministra da Saúde usou como exemplo a situação do Brasil durante a pandemia da Covid-19, que vivenciou falta de máscaras adequadas e respiradores

Créditos: Agência Brasil (Marcelo Camargo) - Ministra da Saúde, Nísia Trindade, defende retomada do complexo econômico-industrial da saúde
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A ministra da Saúde, Nísia Trindade, enfatizou nesta quinta-feira (6) a importância de retomar o complexo econômico-industrial da saúde para reduzir a vulnerabilidade do país diante dos grandes desafios que enfrentamos.

A declaração da ministra foi feita durante a reunião de relançamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), no Palácio do Planalto. Ela ressaltou a necessidade de convergência entre as políticas públicas de saúde e a política industrial, com o objetivo de garantir acesso universal e de qualidade por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Ela destacou a vulnerabilidade do país na área da saúde, incluindo medicamentos, vacinas e equipamentos médicos, evidenciada pelo gasto de US$ 23 bilhões em importações no ano de 2022. Essa dependência é considerada a segunda maior do Brasil em termos setoriais, com o país dependendo de 90% dos chamados insumos farmacêuticos ativos.

Emergências sanitárias

Durante a reunião, a ministra ressaltou a necessidade de desenvolver um programa de preparação para emergências de saúde, incluindo a capacidade de produção local de insumos na área da saúde. Ela destacou a falta de máscaras adequadas e respiradores durante a pandemia de Covid-19, resultando em um alto número de vidas perdidas.

“Basta lembrar que nós não tínhamos disponíveis máscaras adequadas, respiradores, naquele momento fatal, em que perdemos mais de 700 mil vidas”, recordou Nísia.

A ministra enfatizou que a retomada da política industrial e do complexo econômico-industrial da saúde é uma oportunidade estratégica para o Brasil.

“Essa retomada da política industrial e do complexo econômico-industrial da saúde é uma oportunidade estratégica para o Brasil, tanto para garantir a saúde como um vetor de desenvolvimento, como também pensando no papel internacional do nosso país. Isso tem sido tema constante”, disse, ao citar a participação brasileira em blocos como G20, Mercosul e Brics.

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