Gatinhos de rua são um problema para as zoonoses: além de não receber os tratamentos adequados e terem uma péssima qualidade de vida, os bichanos que vagam pelas cidades estão mais expostos a doenças perigosas. Mas como conter a superpopulação?
Essa é a missão dos pesquisadores do Hospital Geral de Massachusetts, do centro de terapia genética Horae e do Jardim Botânico de Cincinatti.
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Há décadas, cientistas tem estudado uma alternativa à castração para poder conter a população de gatos de rua nos EUA. E, agora, um pequeno estudo com terapia genética pode revolucionar as perspectivas.
Após anos tentando ministrar hormônios que não foram eficazes, os pesquisadores estudam a possibilidade da injeção de terapia genética ajudar no controle populacional dos gatinhos.
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O estudo publicado no periódico Nature Communications mostrou que, em uma pequena população, a injeção fez efeito. Foram seis gatas recebendo a injeção e outras três utilizadas como controle.
Então, os veterinários observaram o comportamento delas por 2 anos, além de analisar suas fezes para níveis de estrogênio. De fato, elas apresentaram a quantidade de hormônios suficiente para reduzir a probabilidade de gravidez e não tiveram prole, ao contrário das três que participaram do controle.
O problema é justamente a escala da pesquisa: ainda que fazer uma terapia para 6 gatos tenha sido bem sucedido, não se sabe qual seria o impacto de um tratamento deste tipo em larga escala.
Contudo, os pesquisadores estão otimistas. "É a ferramenta perfeita para controlar a superpopulação de gatos", afirma David Pépin, um biólogo reprodutivo do Hospital Geral de Massachusetts, ao New York Times.
"Não seria ótimo se pudéssemos enviar um técnico a campo para injetar gatos e depois soltá-los?", diz Julie Levy, veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade da Flórida, nos EUA.
Agora, os pesquisadores aguardam receber mais financiamento para continuar a pesquisa em larga escala e, assim, garantir mais qualidade de vida para os gatinhos do mundo.