O mandato do deputado federal Chiquinho Brazão (Sem partido), preso desde março do ano passado sob a acusação de ser um dos mandantes da morte de Marielle Franco (PSOL), foi cassado pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (24), após o não comparecimento a um terço das sessões.
A decisão é baseada na Constituição Federal, artigo 55, que prevê a perda do mandato em casos de não comparecimento, a menos que seja em caso de licença ou missão autorizada.
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A deputada federal e líder da bancada do PSOL, Talíria Perone (RJ), utilizou as redes sociais para comentar o fato. “Já havia passado da hora do acusado de mandar matar Marielle perder seu mandato de deputado. A política não pode comportar miliciano e gente com tão grave acusação”, afirmou.
Relembre o caso
A vereadora Marielle Franco era conhecida por denunciar abusos policiais e era militante contra a violência nas periferias. Ela e seu motorista, Anderson Gomes, foram assassinados no centro do Rio, em um cenário que indicava execução.
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A notícia repercutiu internacionalmente e, após anos, as investigações levaram ao ex-policial militar acusado de ser o autor dos disparos, Ronnie Lessa, e ao ex-policial militar que dirigia o carro, Elcio de Queiroz. Ambos foram presos em 2019.
Foi só em 2024 que se chegou aos nomes dos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão como possíveis mandantes do crime. Há, ainda, o suposto envolvimento do ex-chefe da polícia civil do Rio, Rivaldo Barbosa. A motivação teria sido a posição contrária de Marielle no que diz respeito à grilagem de terras e milícias.