Nesta quarta-feira (28), o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados votou a cassação do mandato do parlamentar Chiquinho Brazão (sem partido-RJ).
Brazão é apontado como um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco e de Anderson Gomes e está preso desde março deste ano, assim como seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro.
O Conselho votou com a relatora do caso, a deputada Jack Rocha (PT-ES), que recomendou a cassação por conta de quebra do decoro parlamentar.
“As provas coletadas tanto por esse colegiado, quanto no curso do processo criminal, são aptas a demonstrar que o representado tem um modo de vida inclinado para a prática de condutas não condizentes com aquilo que se espera de um representante do povo”, escreveu a deputada.
O placar foi amplo em favor da cassação: 14 a 1. O deputado Gutemberg Reis (MDB-RJ) votou contra a cassação, e Paulo Magalhães (PSD-BA) se absteve.
Gutemberg Reis é investigado por falsificação de cartões de vacina no âmbito da Operação Venire, que também averigua certificados falsos de vacina do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Agora, a cassação vai para o Plenário da Câmara, que dá voz final sobre o caso. Como indicado pela votação larga contra Brazão no Conselho de Ética, é provável que Brazão perca o seu mandato.