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Janones desmonta estratégia de Eduardo Bolsonaro e deputado passa vergonha

Após anunciar sua licença do mandato, o filho do ex-presidente Bolsonaro tem enfrentado uma série de contradições em suas declarações

Janones desmonta estratégia de Eduardo Bolsonaro e deputado passa vergonha.Créditos: Reprodução
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Desde a manhã de terça-feira (18), o principal assunto das redes e do mundo político tem sido o anúncio do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), de que vai se licenciar do mandato e permanecer nos EUA para "lutar contra a Gestapo de Alexandre de Moraes", em referência ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Mas Eduardo Bolsonaro tem ocupado os principais assuntos não porque haja uma comoção no Brasil e as pessoas, de fato, estejam preocupadas com o sistema democrático do país, mas justamente pelo contrário, visto que as alegações de Eduardo não encontram base na realidade.

Por exemplo, Eduardo Bolsonaro e a claque bolsonarista afirmam que o Brasil vive uma ditadura, mas fazem essa denúncia na CNN Brasil, filial do canal estadunidense, e, no último domingo (16), realizaram manifestação no Rio de Janeiro sem qualquer tipo de constrangimento por parte de forças policiais ou similares.

Nesta quarta-feira (19), o deputado federal André Janones (Avante-MG) deu mais um exemplo de como as alegações de Eduardo Bolsonaro são risíveis e sem pé na realidade. Para tanto, Janones resgatou um tuíte de Eduardo onde ele questionava o pedido de asilo político do ex-parlamentar Jean Wyllys: "Ué, mas se ele não deve nada, por que fugiu?", escreveu, à época, Eduardo Bolsonaro.

Em seguida, Janones debocha de Eduardo Bolsonaro: "O deputado bananinha apresenta sinais de surto e começa a se incriminar nas redes. Até ele quer saber sobre a fuga dele próprio, explica para a gente, bananinha, se não deve nada, por que fugir?".

"Homofobia estrutural", diz Wyllys sobre comparação entre seu exílio e licença de Eduardo Bolsonaro
 

O ex-deputado Jean Wyllys (PT) usou as redes sociais para refutar comparações entre sua saída do Brasil e a decisão de Eduardo Bolsonaro (PL) de permanecer nos EUA. O filho do ex-presidente anunciou na terça-feira (18) que se licenciaria da Câmara e não retornaria ao país.

Wyllys deixou o Brasil em 2019, após ser reeleito, devido a ameaças de bolsonaristas. Seu autoexílio foi recomendado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), da OEA. Já Eduardo alega fugir de uma suposta "ditadura do Judiciário".

“Não há comparação. Eu não devia nada à Justiça. Meu exílio foi recomendado pela CIDH devido a ameaças comprovadas. Existia um plano para me matar. Esse canalha se licenciou para conspirar contra o STF”, escreveu Wyllys no X.

A polêmica surgiu após uma matéria da Folha de S.Paulo afirmar que Eduardo repete argumentos de Wyllys. O ex-deputado rebateu, destacando que nunca respondeu a processos, enquanto Eduardo é investigado por crime de lesa-pátria.

O PT acusa Eduardo de fornecer informações a autoridades dos EUA e articular medidas contra o Brasil, como sanções econômicas e ataques ao ministro Alexandre de Moraes (STF). A Folha comparou essa ofensiva à atuação de Wyllys no exterior contra Bolsonaro, mas o ex-deputado rejeitou a equivalência, afirmando que sempre defendeu a democracia.

 

 

 

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