EXÍLIO

"Homofobia estrutural", diz Wyllys sobre comparação entre seu exílio e licença de Eduardo Bolsonaro

Ex-parlamentar aponta ‘falsa simetria’ em comparação e relembra que seu autoexílio foi recomendado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), órgão da OEA

Créditos: Reprodução/Instagram
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O ex-deputado Jean Wyllys (PT) usou as redes sociais para refutar comparações entre sua saída do Brasil e a decisão de Eduardo Bolsonaro (PL) de permanecer nos EUA. O filho do ex-presidente anunciou na terça-feira (18) que se licenciaria da Câmara e não retornaria ao país.

Wyllys deixou o Brasil em 2019, após ser reeleito, devido a ameaças de bolsonaristas. Seu autoexílio foi recomendado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), da OEA. Já Eduardo alega fugir de uma suposta "ditadura do Judiciário".

“Não há comparação. Eu não devia nada à Justiça. Meu exílio foi recomendado pela CIDH devido a ameaças comprovadas. Existia um plano para me matar. Esse canalha se licenciou para conspirar contra o STF”, escreveu Wyllys no X.

A polêmica surgiu após uma matéria da Folha de S.Paulo afirmar que Eduardo repete argumentos de Wyllys. O ex-deputado rebateu, destacando que nunca respondeu a processos, enquanto Eduardo é investigado por crime de lesa-pátria.

O PT acusa Eduardo de fornecer informações a autoridades dos EUA e articular medidas contra o Brasil, como sanções econômicas e ataques ao ministro Alexandre de Moraes (STF). A Folha comparou essa ofensiva à atuação de Wyllys no exterior contra Bolsonaro, mas o ex-deputado rejeitou a equivalência, afirmando que sempre defendeu a democracia.

 

 

 

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