FASCISMO BOLSONARISTA

VÍDEO: Michelle faz ataque baixo a Mauro Cid ao se pronunciar sobre defesa do golpe

Em delação, Cid afirmou que Michelle pressionava Bolsonaro por golpe usando milícia de CACs e entrou em "desespero de mulher" ao ver os móveis no caminhão de mudança após o marido se acovardar

Michelle Bolsonaro em seminário de comunicação do PL em Brasília.Créditos: Reprodução de vídeo / Instagram
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Acusada de compor a ala mais radical, que pressionava Jair Bolsonaro (PL) a dar um golpe com o apoio de uma milícia armada com os CACs - Caçadores, Amadores e Colecionadores -, Michelle Bolsonaro vez um ataque rasteiro ao tenente-coronel Mauro Cid, que fez as revelação em seu acordo premiado junto à Polícia Federal (PF).

Na delação, Cid disse que ex-primeira-dama e Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tentavam convencer Bolsonaro a dar um golpe.

“O general Mario Fernandes atuava de forma ostensiva, tentando convencer os deais integrantes das forças a executarem um golpe de Estado. Compunha também o referido grupo a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Tais pessoas conversavam constantemente com o ex-presidente, instigando-o para dar um golpe de Estado. Eles afirmavam que o ex-presidente tinha o apoio do povo e dos CACs para dar o golpe", diz trecho da delação do militar transcrito pela PF.

No vídeo da delação, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro ainda relatou o desespero de Michelle ao perceber que o marido se acovardou e ver os móveis da família entrando no caminhão de mudanças.

"A própria primeira-dama - mais um desespero de mulher, né? - quando ela viu a mudança dela saindo, ela quase pirou. Pânico", disse.

Indagado sobre o que ela falou, Cid emendou: "ela falava que a gente tinha que fazer alguma coisa, fazer alguma coisa. Já no final [de dezembro]", contou.

Perturbação mental

Desafeto de Cid desde os tempos de governo, quando ordenava que o ex-assessor do marido sacasse dinheiro para pagar compras feitas no cartão de uma amiga, Michelle afirmou que Cid fez as acusações em um "momento de perturbação mental".

A declaração ocorreu durante o 1º Seminário Nacional do Partido Liberal (PL), na manhã desta sexta-feira (21), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.

“Isso aí é momento de perturbação mental”, disse a ex-primeira-dama a jornalistas.

Em seu discurso, recheado com mensagens ideológicas religiosas, Michelle reclamou que ela e o marido não têm "um dia de paz" e classificou como perseguição a denúncia por golpe.

"[Bolsonaro] sabe do potencial que nosso Brasil tem. E por isso que ele está aqui, passando por tantas dificuldades e tantas perseguições. Nunca mais tivemos um dia em paz. Mas louvado seja Deus, porque nessa luta, nesses dias tão difíceis, o senhor tem nos forjado e nós estaremos de pé", disse.
 

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