Parlamentares do campo progressista já repercutiram informação divulgada pela jornalista Daniela Lima, na GloboNews, sobre um fato novo a respeito das investigações sobre a tentativa de golpe do 8 de janeiro.
Meses antes das eleições de 2022, um vídeo encontrado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) mostrava articulação de toda a estratégia para a concretização do golpe. No momento em que o presidente Lula fosse declarado vencedor, Bolsonaro evocaria o artigo 142 e se valeria das Forças Armadas para anular o pleito e se firmar como ditador.
Te podría interesar
Além disso, ainda afastaria Alexandre de Moraes das funções de presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribuna Federal (STF).
Trechos do vídeo: "Vai ser restabelecida a ordem. Se afasta o Xandão, se afasta esses vagabundos todinhos, esses ladrões, safados, essa quadrilha. Aí vocês vão ver o que é por ordem no país".
Te podría interesar
"Não admito que o Brasil vai deixar um vagabundo, marginal, criminoso e bandido como o Lula voltar ao poder”.
"O pleito eleitoral já tá armado. Chama o 142. As Forças Armadas precisam estar dentro. O primeiro passo é um levante popular. Isso aqui é antes de perder. O roteiro do golpe tá aqui, inclusive, com o uso de medidas de exceção".
Entre as provas apresentadas pela PGR, estão os vídeos que demonstram a inércia dos militares no momento da invasão e das depredações dos prédios dos Três Poderes, além de troca de mensagens antigas evidenciando descontentamento com o resultado das eleições presidenciais de 2022.
De acordo com a PGR, os mais altos oficiais da PM-DF compartilhavam informações falsas sobre fraudes eleitorais e a expectativa de uma suposta mobilização popular para impedir a posse de Lula.
“Havia um alinhamento ideológico e de propósitos entre os denunciados e aqueles que pleiteavam uma intervenção das Forças Armadas”, aponta o Ministério Público Federal.
Um dos denunciados teria, inclusive, determinado que as tropas sob seu comando deixassem a linha de contenção montada em frente ao STF, facilitando o avanço dos golpistas. Outro militar teria permitido a invasão no Congresso Nacional e, em seguida, deixado o local com sua tropa.
Siga o perfil da Revista Fórum e do jornalista Lucas Vasques no Bluesky.