A recente movimentação em torno do nome de Ricardo Lewandowski trouxe novos desdobramentos sobre a reforma ministerial. Fontes próximas ao ministro aposentado do STF indicam que ele já teria manifestado, ainda no ano passado, sua intenção de deixar o Ministério da Justiça. Segundo interlocutores, Lewandowski considera que cumpriu sua missão à frente da pasta, aproximando o governo federal do debate sobre segurança pública nos estados, e agora deseja se afastar da vida pública para aproveitar sua aposentadoria.
Essa sinalização consolidada de Lewandowski, que teria sido reforçada nos últimos meses, fortaleceu especulações sobre o futuro do Ministério da Justiça. Entre os nomes cogitados para sucedê-lo, ganha destaque o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A possível ida de Pacheco para a Esplanada já vinha sendo ventilada, mas ganhou força com a perspectiva de uma saída organizada de Lewandowski.
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Um ciclo encerrado no Ministério da Justiça
Desde sua chegada ao Ministério da Justiça, Lewandowski desempenhou papel importante no fortalecimento de políticas públicas voltadas à segurança, buscando um diálogo mais próximo com os estados e articulando ações conjuntas em áreas sensíveis. Contudo, fontes apontam que ele não demonstra interesse em assumir novos desafios no governo, como o Ministério da Defesa –conforme já noticiado pela coluna, Múcio, também demonstrou interesse em sair do governo – que chegou a ser mencionado em especulações.
Para o governo, manter Lewandowski no Ministério da Defesa poderia ser uma jogada estratégica, dada sua experiência e trânsito político. No entanto, tudo indica que o ex-ministro do STF prefere encerrar sua passagem no Executivo e focar em sua vida pessoal. Essa decisão coloca um ponto final em qualquer tentativa de articulação que o envolva em outras pastas ministeriais.
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Força para Pacheco
Uma possível saída de Lewandowski abre espaço para um rearranjo político no alto escalão. Rodrigo Pacheco, que já vinha sendo sondado pelo Planalto, surge como um nome forte para o Ministério da Justiça. Sua eventual entrada na pasta poderia fortalecer os laços do governo com o Senado, ampliando a base de apoio para pautas estratégicas no Congresso.
Embora ainda não haja definição oficial, a possibilidade de Pacheco assumir o Ministério da Justiça é vista como uma forma de reforçar a articulação política do governo em um momento crucial. A presença de um nome de peso como Pacheco na Esplanada poderia oferecer maior estabilidade à relação entre os poderes Executivo e Legislativo.
Com Lewandowski disposto a deixar o governo e Pacheco cada vez mais cotado, o Planalto avança nas negociações para reorganizar seu time ministerial, mirando tanto os desafios do segundo ano de mandato quanto a preparação para 2026.
