Em portaria publicada na edição desta segunda-feira (23) do Diário Oficial da União (DOU), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, a pedido de Lula demitiu o agente Fabrício Cardoso de Paiva do cargo de Oficial de Inteligência do Quadro de Pessoal da Agência Brasileira de Inteligência, a Abin.
Paiva, que é egresso da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), foi levado à Abin por Jair Bolsonaro (PL).
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Em outubro de 2023, ele foi alvo da operação Última Milha, que investiga o uso do software espião First Mille na chamada Abin Paralela.
Segundo a Polícia Federal, Paiva é ligado Paulo Maurício Fortunato Pinto, diretor da Abin que foi afastado por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na casa de Fortunato Pinto, a PF encontrou 171,8 mil dólares.
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Paiva também atuou como Coordenador-Geral de Pesquisas e Informações Estratégicas da Subsecretaria de Conformidade e Integridade no Ministério da Infraestrutura durante a gestão de Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos).
Ele pediu licença do cargo para atuar na campanha de Tarcísio, em São Paulo, e esteve no ato em Paraisópolis que resultou na morte a tiros de Felipe Silva de Lima, de 27 anos.
Paiva foi quem coagiu um cinegrafista da Jovem Pan a apagar imagens feitas no local. “Tem que apagar. Essa imagem que você filmou aqui também. Mostra o pessoal saindo, tem que apagar essa imagem. Não pode divulgar isso, não”, disse em áudio divulgado pela Folha de S.Paulo.
O agente foi demitido do governo por ter se afastado das suas funções sem a autorização da direção da Abin.