Enquanto advogados se ocupam com a defesa jurídica após o indicia nas investigações sobre o furto de joias e da fraude no cartão de vacinação, Jair Bolsonaro (PL) trama a ofensiva política do clã diante das fartas provas que poderão levá-lo, em breve, à cadeia.
Inelegível até 2030 por duas condenações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-presidente, que fez carreira na política fluminense, quer pulverizar as candidaturas de Michelle Bolsonaro e dos filhos ao Senado por diferentes unidades da federação.
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A estratégia busca eleger todo o clã para a casa Legislativa, onde os mandatos têm duração de 8 anos, expandindo seu campo político.
Eleito em 2018, Flávio Bolsonaro (PL-RJ) sairá candidato à reeleição pelo Rio de Janeiro. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, presidenta do PL Mulher, vai lançar candidata pelo Distrito Federal.
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Atual deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) será candidato por São Paulo. Já o vereador Carlos Bolsonaro (PL), que cumpre seu 6º mandato na Câmara do Rio, deve sair candidato ao Senado por Santa Catarina ou Mato Grosso, dois dos maiores nichos do bolsonarismo no país, segundo Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo.
Ao se lançar candidato ao Senado por estados em que não tem nenhuma relação, Carlos evita dividir os votos do clã no Rio de Janeiro.
Neste ano, o filho "04", Jair Renan, fruto do segundo casamento de Bolsonaro, com Ana Cristina do Valle, vai disputar uma vaga na Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú.
Jair Renan, que coleciona entreveros com a madrasta, Michelle, mora na cidade do litoral catarinense, onde atua no gabinete do senador Jorge Seif (PL-SC), ex-secretário da Pesca.