Esbanjando energia em discurso na inauguração de novo prédio acadêmico do Campus da Unifesp em Osasco (SP), o presidente Luis Inácio Lula da Silva rebateu os ataques etaristas que vem recebendo dos "colonistas" da mídia liberal, que buscam compará-lo a Joe Biden, presidente dos EUA.
Biden, de 81 anos, começou a ser alvo de ataques sobre "senilidade" processos patológicos típicos da velhice - após desempenho sofrível em debate contra Donald Trump na pré-campanha eleitoral nos EUA.
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Nas redes, Jair Bolsonaro (PL) importou a tática trompista e atacou o presidente que, segundo ele, "não está com suas faculdades mentais normais".
Cerca de 24 horas depois, os colonistas da Folha de S.Paulo, Marcos Augusto Gonçalves - que já atuou como editor de "Opinião" -, e do Estadão, o racista William Waack, ecoaram os ataques etarista do ex-presidente fascista em seus artigos.
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"Eu estou vendo vários artigos de colunistas dizendo que estou cansado, por causa do Biden nos EUA", disparou Lula antes de lançar um desafio aos detratores.
"Todos que acham que eu estou cansado eu convido para fazer uma agenda comigo durante meu mandato. Se ele aguentar levantar 5h da manhã e dormir meia noite todo dia, ele pode dizer que estou cansado. Eu quero ver quem fala que estou cansado e está sentado com a bunda na cadeira escrevendo se tem coragem de levantar e ir para a rua para andar", afirmou o presidente
Após listar o périplo dos últimos dias, com agendas em Minas Gerais, Rio e São Paulo, antes de voltar à Brasília e embarcar, neste final de semana, para a reunião do Mercosul na Bolívia, Lula reiterou sua disposição física, que o deixa apto para concorrer à reeleição em 2026.
"Então, quem achar que o Lulinha tá cansado pergunte para a Janja. Ela é testemunha ocular quando falo que tenho 70 anos de idade, energia de 30 e tesão de 20, eu estou falando com conhecimento de causa", afirmou.
"Não adianta tentar atrapalhar minha vida, prejudicar o Haddad, o Camilo. Sabe por quê? Porque eu tenho consciência que eu não sou eu. Eu sou vocês. E é isso que dá força para consertar esse país", emendou o presidente, arrancando aplausos da plateia.
"Gastos"
Lula também criticou os ataques da mídia liberal que, a serviço do sistema financeiro, pressionam por cortes em setores essenciais, como saúde, educação e o aumento real do salário mínimo.
"Nesse país, toda vez que se prensa em fazer política social, aparece alguém dizendo: gasta demais", afirmou.
"Tem gente da elite brasileira que não gosta que eu falo isso. Tem gente que diz: 'não pode falar eles e nós, nós somos todos iguais'. Não é verdade. Nós não somos todos iguais. Tem gente que come 10 vezes por dia e tem gente que fica 10 dias sem comer. Esse é o país que nós queremos consertar e a educação é o instrumento", disse.
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