Em entrevista à Rádio Sociedade nesta terça-feira (2), o presidente Lula (PT) criticou a política de juros do Banco Central e a pressão política em cima da instituição.
Desde o início do mandato Lula 3 no ano passado, o governo vem batendo de frente com o Banco Central liderado por Roberto Campos Neto pela alta taxa de juros operada pelo presidente da instituição, indicado por Jair Bolsonaro (PL).
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Na visão do atual chefe do Palácio do Planalto, o Banco Central não pode operar em interesse do mercado, mas com o povo brasileiro.
"A gente precisa fazer com que o Banco Central continue funcionando de forma correta, com autonomia, para que o Banco Central não fique vulnerável às pressões políticas. Se você é um presidente democrata, permite que isso aconteça sem nenhum problema", afirmou Lula.
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"Agora, quando você é autoritário, resolve fazer com que o mercado se apodere de uma instituição que deveria ser do Estado. O Banco Central é um banco do Estado brasileiro, pra cuidar da política monetária. Ele não pode estar a serviço do sistema financeiro, a serviço do mercado", continuou o presidente.
"Definitivamente, eu acho que ele tem um viés político, e eu não posso fazer nada, eu tenho que esperar ele terminar o mandato e indicar alguém", concluiu Lula.
O mandato de Roberto Campos Neto se encerra no fim de 2024 e o governo deve indicar um novo nome para o ano seguinte. O favorito é o economista Gabriel Gallipolo.