REFORMA TRIBUTÁRIA

Haddad diz que governo irá trabalhar pela volta do Imposto Seletivo para armas

Ministro afirmou que há espaço para diálogo no Senado e que governo vai insistir na inclusão das armas no 'imposto do pecado'

Ministro Fernando Haddad no Congresso da Abraji.Créditos: Rovena Rosa/Agencia Brasil
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta sexta-feira (12) que espera que o Senado devolva o Imposto Seletivo para as armas na Reforma Tributária e que o governo irá trabalhar para isso. 

“Agora na etapa no Senado [da reforma tributária] nossa proposta é que volte o Imposto Seletivo (IS) para as armas. E depois o texto volta para a Câmara para que, se Deus quiser, seja sancionado até o fim do ano”, afirmou o ministro durante o 19º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), em São Paulo.

Haddad acrescentou que ainda há muita coisa sendo discutida após a aprovação da Reforma na Câmara, como a inclusão dos ultraprocessados no IS, também conhecido como Imposto do Pecado

Na saída do evento, o ministro também informou que ele e o presidente Lula se reuniram com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e com o líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), para alinhar expectativas sobre a segunda parte de tramitação da Reforma. “Teremos espaço para negociar”, afirmou. 

Imposto Seletivo

O Imposto Seletivo é um novo modelo de tributação do consumo que visa desestimular bens e serviços prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente. Também chamado de Imposto do Pecado, ele recai sobre cigarros e bebidas alcoólicas e açucaradas

Entidades da saúde fizeram pressão para que os ultraprocessados e os agrotóxicos também entrassem na tributação do Imposto Seletivo, uma vez que são responsáveis por centenas de mortes no país e diversas doenças. 

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Além desses produtos, as armas também haviam sido incluídas no IS, mas foram retiradas durante votação na Câmara.