BOLSONARISTA RAIZ

Lindbergh Farias: 'caiu a máscara! Campos Neto se assume bolsonarista convicto'

Deputado comenta declaração do atual presidente do Banco Central de que aceitaria ser ministro da Fazenda em um eventual governo de Tarcísio de Freitas

Créditos: Fotomontagem (Agências Câmara e Senado) - Lindbergh Farias e Roberto Campos Neto
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O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) foi às redes sociais para chamar a atenção para a notícia de que o atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sinalizou que aceitaria ser ministro da Fazenda em um eventual governo do bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos), atual governador de São Paulo.

Farias fez uma postagem no X (antigo Twitter) na qual comenta uma nota da coluna Painel, da Folha de S.Paulo desta quarta-feira (12).

"CAIU A MÁSCARA! Campos Neto se assume bolsonarista convicto e já fala em ser ministro da Fazenda do Tarcísio de Freitas. Quero ver defenderem esse cara como técnico. Não tem independência política, nem técnica. É um agente do bolsonarismo e do mercado para sabotar o governo do presidente Lula! #ForaCamposNeto", escreve o parlamentar.

Campos Neto deve ir para porta-giratória

A matéria da Folha diz que Campos Neto é amigo próximo do governador Tarcísio de Freitas e que teria desestimulado sua eventual candidatura à Presidência da República, mas teria indicado disposição para ser ministro da Fazenda se ele decidir disputar o Planalto.

Campos Neto deixará o Banco Central no fim deste ano e segue na torcida contra o Governo Lula. Ele diz acreditar que "a economia enfrentará deterioração nos próximos anos, prejudicando uma eventual vitória de Tarcísio em 2026", segundo a Folha.

O atual presidente do Banco Central sugeriu que Tarcísio consolide sua liderança em São Paulo antes de buscar a Presidência. Apesar disso, sinalizou apoio como ministro da Fazenda durante a campanha, estratégia semelhante à de Bolsonaro com Paulo Guedes.

Campos Neto expressou ainda o desejo de abrir um banco baseado em blockchain, mas devido aos desafios tecnológicos e regulatórios no Brasil, considera criar um fundo em parceria com uma instituição financeira dos EUA. Ele também é cortejado pelo Itaú e BTG Pactual, mas hesita em atravessar a "porta giratória". Cogita, porém, liderar uma instituição global, como o Santander.

Durante homenagem na Assembleia Legislativa de São Paulo nesta segunda-feira (10), Campos Neto defendeu um Estado mínimo e elogiou a iniciativa privada, em um discurso que mobilizou setores produtivos críticos ao governo Lula e ao ministro Fernando Haddad.

Com informações da Folha