O ministro extraordinário Paulo Pimenta, de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, confirmou à Revista Fórum na noite desta segunda-feira (10), por meio da sua assessoria de comunicação, que irá à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e falará com os parlamentares na próxima terça (11) sobre as investigações da Polícia Federal acerca das fake news divulgadas em meio ao colapso gaúcho.
O requerimento apresentado por parlamentares da oposição bolsonarista foi aprovado na última semana, em 28 de maio. A justificativa é de que as investigações da PF teriam como objetivo “perseguir opositores”, uma vez que inverdades difundidas por três políticos bolsonaristas estariam no pedido de abertura da apuração.
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A reunião começa às 14h30 e carrega o seguinte tema: “Apuração do uso da PF para investigar e perseguir opositores que denunciaram falhas e abusos do governo na tragédia causada pelas chuvas no RS e a tomada de medidas contra a liberdade de expressão”.
De início, o objetivo do pedido do deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) era aprovar uma convocação do ministro, que o obrigaria a comparecer à CCJ. Mas os parlamentares da base governista intervieram e conseguiram articular a ida de Pimenta na forma de um convite.
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“A presença do ministro para que os devidos esclarecimentos sejam feitos é essencial não apenas para avaliar a legalidade das ações descritas, mas também para garantir que não haja violação dos direitos fundamentais dos cidadãos, particularmente das prerrogativas parlamentares”, diz trecho do requerimento.
A investigação foi aberta pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, a partir de um pedido apresentado em 7 de maio por Pimenta.
À época, o ministro não escondeu sua indignação com figuras como o coach Pablo Marçal (candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB), o senador Cleitinho (Republicanos-MG) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que difundiram narrativas de que o governo federal estaria impedindo a chegada de doações ao Estado. O trio é mencionado no pedido de investigação enviado à PF.
Em 9 de maio, Pimenta chegou a comparar a propagação de desinformação a um serviço de contra-informação que funciona em meio a uma guerra. “Tudo é feito para prejudicar o trabalho, para impedir o sucesso da operação que está sendo feita de apoio às quase 70 mil pessoas que neste momento estão nos abrigos”, declarou o ministro.