Ricardo Nunes (MDB) teve de ceder bastante para conseguir evitar uma candidatura apoiada por Bolsonaro na capital paulista. Mas ele não contava com o surgimento de um bolsonarista outsider.
É Pablo Marçal. O coach "messiânico" acumula uma série de polêmicas, já foi até condenado por formação de quadrilha em 2010 e é conhecido por suas mentiras nas redes.
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Ao longo da tragédia climática que se estende no Rio Grande do Sul, Marçal foi um ávido divulgador de fake news e sempre correu lado a lado com o bolsonarismo.
Ele chegou a tentar uma possível candidatura à presidente pelo PROS em 2022, mas desistiu. Em 2024, tentará a prefeitura de São Paulo sob uma base bolsonarista pelo PRTB, antigo partido de Levy Fidelix e general Mourão (atualmente no Republicanos).
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O PL de Valdemar Costa barrou Ricardo Salles e outros nomes do establishment bolsonarista para concorrer à prefeitura para garantir que o bolsonarismo apoiasse Ricardo Nunes.
Mas Marçal não liga. Não faz parte do acordo. Não deve nada a Valdemar e Nunes. E pode tentar roubar o voto da extrema direita, confundindo o eleitor bolsonarista.
O que dizem as pesquisas
Algo revelado na última pesquisa Datafolha mostra que as lorotas do "coach messiânico" podem enganar bastante gente. Ele pegou 7% das intenções de voto e está empatado com Tabata Amaral (PSB), José Luiz Datena (PSDB) e supera Kim Kataguiri (UB).
Na pesquisa AtlasIntel, publicada na terça-feira (28), Marçal também pontuou no mesmo nível de Datena e desidratou Nunes consideravelmente.
Marçal viu uma oportunidade de mercado: o extremista de direita que não se enxergava no, entre muitas aspas, "moderado" Nunes. Então, ele desponta com seus 7% ou até 9% em alguns cenários. Na AtlasIntel, chegou a 10,4%.
É improvável que ele supere muito esse valor, mas desidrata Nunes, assim como Datena. Ainda assim, serão todos contra Boulos.