Milhares de trabalhadores ligados a todas as centrais sindicais partiram de praticamente todas as partes do Brasil para um grande encontro em Brasília (DF). Na pauta do evento, uma série de reivindicações tiradas na última Conclat – Conferência Nacional da Classe Trabalhadora.
A Fórum conversou com lideranças presentes que comentaram sobre as pautas. O presidente da CUT, Sérgio Nobre, afirmou que a classe trabalhadora dá com o encontro “uma demonstração de unidade e força em relação à pauta da classe trabalhadora. A vida no Congresso Nacional não é nada fácil, onde nós estamos em minoria e as nossas pautas só vão ter sucesso com muita mobilização e muita luta. Trabalho institucional é fundamental, mas o povo nas ruas é determinante. O dia 22 é um dia histórico, pois muita gente veio à Brasília atendendo nosso chamado”, comemorou.
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Já a vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira, alertou para a necessidade de eleger candidatos comprometidos com os trabalhadores:
“Hoje nós atualizamos aqui a nossa pauta legislativa, a pauta judiciária, a pauta da classe trabalhadora nessas várias esferas”, disse. Juvandia lembra que o encontro “é só uma etapa da nossa luta. Ela continua. Nós precisamos levar nossa pauta também nas eleições de 2024. Os trabalhadores precisam têm que eleger candidatos que tenham compromissos com a classe trabalhadora. Eu acho que o grande desafio nosso é esse. Levar nossa pauta pra todos os lugares”.
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O diretor do Sindipetro e da FUP, Tadeu Porto, afirmou que estão no encontro “trabalhadores e trabalhadores de todos os lugares do Brasil”. Segundo ele, “praticamente todos os estados mandaram ônibus, todas as categorias estão por aqui reivindicando trabalho justo, decente, a valorização dos trabalhadores brasileiros dentro da pauta que foi tirada no último Conclat, congresso da classe trabalhadora em que participaram todos os sindicatos”.
Para Tadeu, o evento “mostra uma humanidade tremenda, uma grande força da organização sindical brasileira. Mostra também que, sem os sindicatos, o Brasil não vai conseguir chegar na tão sonhada igualdade social e harmonia da sociedade”, completa.
Entre as inúmeras reivindicações estão a revogação do novo ensino médio, redução de jornada de 44 horas para 40 horas semanais, além da defesa de uma série de medidas para a reconstrução do estado do Rio Grande do Sul, que sofreu com uma das maiores enchentes da sua história.