Em curso vendido por R$ 297,90 pela internet em parceria com o irmão, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), chefe do chamado "Gabinete do Ódio" que abastece a horda bolsonarista nas redes sociais, está ensinando seu método de gestão de redes sociais para o que classifica como "guerra de narrativas".
Em reportagem no jornal O Globo, a jornalista Luíza Marzullo relata a metodologia e as "receitas de bolo" ensinada pelos filhos de Jair Bolsonaro (PL) aos "postulantes conservadores" no curso destinado principalmente aos candidatos às eleições municipais de outubro.
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Segundo a reportagem, Carlos diz que começa a sua rotna às 7h, assistindo primeiramente a um vídeo de um "canal bolsonarista que no passado já chegou a ser desmonetizado no YouTube" e busca publicações de aliados que têm influência nas redes, como o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).
De acordo com o vereador, as informações falsas ou distorcidas pelos aliados influenciadores gera uma “capilaridade” e “espontaneidade”.
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"Essa espontaneidade de união de linhas de pensamento gera capilaridade e outras pessoas acusam você de fazer parte de um grupo que pensa sobre como vamos postar agora. Infelizmente, sou entendido de uma forma ilegal. Uma rede, um 'gabinete' como dizem, mas isso não existe", diz, buscando se livrar da pecha de comandante do gabinete do ódio.
Fake news
No entanto, o mais interessante, relatado pela jornalista, é o método de checagem ensinado por Carlos para que os aliados saibam se a informação a ser propagada é verdadeira ou não.
Segundo ela, "Carlos afirma que seus alunos precisam assistir e ler conteúdos de produtores que 'não falam a verdade' para ter 'munição'”.
Em conteúdo específico para checagem dos fatos, o filho "02" de Bolsonaro ensina aos alunos que para checar se a informação colhida nos canais e entre influenciadores bolsonaristas é fake news ou não, eles façam uma busca no Gooogle e consultem canais bolsonaristas - que são abastecidos pela mesma máquina de desinformação.
A metodologia do clã Bolsonaro para checar fake news, portanto, é uma espécie de Tostines, que eternizou a campanha publicitária que indagava: vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais?