Na mesma entrevista em que o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) pediu desculpas para Alexandre Padilha, ministro de Relações Institucionais, o chefe da câmara baixa também elogiou o governo Lula.
Em uma conversa no talk show 'Conversa com Bial', da Rede Globo, Lira amenizou o conflito com o executivo, diminuiu o tom e praticamente selou o fim da crise com o governo.
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E aproveitou pra elogiar Lula, puxando o mérito para seu lado.
“O presidente Lula teve um ano de 2023 espetacular por tudo o que o Congresso fez, especialmente a Câmara”, disse o alagoano.
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“Nesses dias, está sendo dito que Arthur está com muita virulência, vai instalar CPIs, vai fazer pauta-bomba. Não há nenhum governo desde que cheguei na Câmara que tenha tido melhores condições de governar o país do que o presidente Lula teve dado por nós”, completou.
O parlamentar também falou sobre a relação com o governo Lula e, na ocasião, pediu desculpas ao ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, a quem, publicamente, chamou de "incompetente" e "desafeto pessoal".
"Tenho erros e acertos. Não tenho problema em reconhecer o erro quando o cometo. Vinha apontando, reservadamente ao governo - e eles sabem disso - que há alguns meses a articulação do governo não está funcionando. Se você prestar atenção, há um esforço da presidência da Casa e do governo na Câmara para converter matérias, de modo que elas cheguem ao plenário muito maduras", desabafou Lira.
Recalculando a rota
Depois que Padilha reduziu o tom e que Lula entrou em campo para garantir a continuidade do ministro no cargo, Lira ficou pressionado pelo governo.
Do outro lado, o Supremo Tribunal Federal vai avaliar a legalidade das transferências diretas, que estariam sendo usadas como 'orçamento secreto' por Lira e sua base.
Em alguns meses, o alagoano - que já está em seu segundo mandato - vai ter que eleger um sucessor e a questão não está decidida. O governo, que apoiou a reeleição do atual presidente, pode mudar de candidato e encontrar uma nova saída para a mesa diretora, sem Lira e o PP.