SE RENDEU

“O presidente Lula teve um ano de 2023 espetacular", confessa Lira

Além de se desculpar com Padilha, presidente da Câmara elogia governo federal

Lira segura hostilidade após conversa com LulaCréditos: Ricardo Stuckert/PR
Escrito en POLÍTICA el

Na mesma entrevista em que o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) pediu desculpas para Alexandre Padilha, ministro de Relações Institucionais, o chefe da câmara baixa também elogiou o governo Lula.

Em uma conversa no talk show 'Conversa com Bial', da Rede Globo, Lira amenizou o conflito com o executivo, diminuiu o tom e praticamente selou o fim da crise com o governo.

E aproveitou pra elogiar Lula, puxando o mérito para seu lado.

“O presidente Lula teve um ano de 2023 espetacular por tudo o que o Congresso fez, especialmente a Câmara”, disse o alagoano.

“Nesses dias, está sendo dito que Arthur está com muita virulência, vai instalar CPIs, vai fazer pauta-bomba. Não há nenhum governo desde que cheguei na Câmara que tenha tido melhores condições de governar o país do que o presidente Lula teve dado por nós”, completou.

O parlamentar também falou sobre a relação com o governo Lula e, na ocasião, pediu desculpas ao ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, a quem, publicamente, chamou de "incompetente" e "desafeto pessoal".

"Tenho erros e acertos. Não tenho problema em reconhecer o erro quando o cometo. Vinha apontando, reservadamente ao governo - e eles sabem disso - que há alguns meses a articulação do governo não está funcionando. Se você prestar atenção, há um esforço da presidência da Casa e do governo na Câmara para converter matérias, de modo que elas cheguem ao plenário muito maduras", desabafou Lira.

Recalculando a rota

Depois que Padilha reduziu o tom e que Lula entrou em campo para garantir a continuidade do ministro no cargo, Lira ficou pressionado pelo governo.

Do outro lado, o Supremo Tribunal Federal vai avaliar a legalidade das transferências diretas, que estariam sendo usadas como 'orçamento secreto' por Lira e sua base.

Em alguns meses, o alagoano - que já está em seu segundo mandato - vai ter que eleger um sucessor e a questão não está decidida. O governo, que apoiou a reeleição do atual presidente, pode mudar de candidato e encontrar uma nova saída para a mesa diretora, sem Lira e o PP.