ARTHUR LIRA

Primo de Lira é investigado por uso pessoal de caminhonetes do governo

Incra abriu inquérito para descobrir o que César Lira (PP-AL) fez com veículos; duas 4x4 seguem desaparecidas

César e Arthur Lira, ambos do mesmo grupo político de AlagoasCréditos: Reprodução/Redes Sociais
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O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) abriu um inquérito para saber se César Lira (PP-AL), primo de Arthur Lira e ex-superintendente do instituto em Alagoas, utilizou veículos da repartição para uso pessoal.

Segundo apuração preliminar, os veículos sob controle de Lira e seus assessores não tinham registro de entrada e saída da repartição, e, após sua exoneração, cinco caminhonetes 4x4 ficaram desaparecidas.

Uma semana depois da demissão de César, três apareceram de volta, mas duas ainda seguem sem paradeiro conhecido. A suspeita é de que César pode ter usado os carros para uso pessoal e não para fins públicos.

As caminhonetes estavam sob comando do Incra por um contrato de aluguel que custava R$ 363 mil por ano.

Ao UOL, o Incra disse que "a superintendência do Incra em Alagoas encaminhará as informações sobre o contrato, bem como o controle a respeito das entradas e saídas dos veículos para fiscalização".

A apuração é do UOL.

Quem é César Lira

Wilson César de Lira Santos é primo de Arthur Lira, presidente da Câmara, e faz parte do grupo político do deputado alagoano. Vale lembrar que Arthur é filho de Benedito de Lira, ex-senador e prefeito da Barra de São Miguel (AL). 

César foi demitido na terça-feira da semana passada (16), o que causou mais indisposição na relação conflituosa entre governo federal e o presidente da Câmara dos Deputados.

Durante sua gestão no Incra, César criou grande indisposição com os movimentos sociais e, segundo veículos locais, tinha diálogo completamente cortado com o Movimento dos Sem Terra (MST).

O Incra é o principal órgão da Reforma Agrária no país e é essencial para o diálogo entre governo federal e movimentos sociais. A nova superintendência em Alagoas será comandada por um novo nome ligado a Lira, mas, desta vez, oriundo do terceiro setor. A pasta da Casa Civil ainda avalia a sugestão do presidente da Câmara.