O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) saiu em defesa do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, após ataques promovidos pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), nesta quinta-feira (11).
Em entrevista à imprensa após uma feira agroindustrial em Londrina (PR), Lira chamou Padilha, que é o responsável pelo articulação do governo Lula junto ao Congresso Nacional, de "desafeto" e "incompetente".
A fala veio em resposta a uma pergunta sobre o fato do presidente da Câmara ter saído enfraquecido da votação do plenário, na quarta-feira (10), que aprovou a manutenção da prisão do deputado Chiquinho Brazão, apontado pela Polícia Federal (PF) como um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
"Essa notícia foi vazada do governo e, basicamente, do ministro Padilha, que é um desafeto, além de pessoal, um incompetente. Não existe partidarização [na votação da prisão de Brazão]. Eu deixei bem claro que ontem, a votação foi de cunho individual, cada deputado é responsável pelo voto que deu. Não tem nada a ver", disparou Lira.
Lindbergh, então, prestou solidariedade a Padilha diante do ataque de Lira e revelou os verdadeiros motivos que levaram o presidente da Câmara a falar com esses termos sobre o ministro.
"A competência do Padilha é porque não deixa Lira prender o orçamento da Saúde, nem soltar o acusado de assassinar Mariellle Franco”, disse o parlamentar.
Confira:
Entenda o caso
O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), disparou ataques nesta quinta-feira (11) contra o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que é o responsável por fazer a articulação do governo Lula com o Congresso Nacional.
Em entrevista à imprensa após uma feira agroindustrial em Londrina (PR), Lira chamou Padilha de "desafeto" e "incompetente". A fala veio em resposta a uma pergunta sobre o fato do presidente da Câmara ter saído enfraquecido da votação do plenário, na quarta-feira (10), que aprovou a manutenção da prisão do deputado Chiquinho Brazão, apontado pela Polícia Federal (PF) como um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
O entendimento de que Lira saiu enfraquecido da votação se dá pelo fato de que Padilha articulou junto aos deputados o voto em prol da manutenção da prisão de Brazão, enquanto os principais aliados do presidente da Câmara tentaram articular uma soltura do suposto mandante do assassinato de Marielle. Ou seja, no final das contas, Lira saiu derrotado e a articulação do governo Lula vitoriosa.
Lula defende Padilha
Alexandre Padilha não respondeu diretamente ao ataque de Arthur Lira - e nem o fará, conforme apurou a reportagem da Fórum -, mas publicou na tarde desta quinta-feira (11) no X (o antigo Twitter), um vídeo em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva o defende e elogia seu trabalho na articulação junto ao Congresso Nacional.
"Ter ouvido isso ontem, publicamente, do maior líder político da história do Brasil é sempre uma honra para toda a equipe do Ministério das Relações Institucionais. Agradecemos e estendemos esse reconhecimento de competência ao conjunto dos ministros e aos líderes, vice-líderes e ao conjunto do Congresso, sem os quais não teríamos alcançado os resultados elogiados pelo presidente Lula, com a aprovação da agenda legislativa prioritária para o governo e para o Brasil", escreveu o ministro.
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