O pré-candidato do PSOL à prefeitura da cidade de São Paulo, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), respondeu, por meio de suas redes sociais, ao ataque que recebeu do atual mandatário da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), que o acusou de "sacrilégio" devido a uma publicação do MTST referente à crucificação de Jesus Cristo.
Na tarde desta sexta-feira (29), o MTST, por meio de suas redes sociais, publicou um card que trazia Jesus Crucificado e alguns soldados romanos o observando. A imagem é acompanhada do slogan do bolsonarismo, movimento ao qual Ricardo Nunes aderiu em busca de um novo mandato: "Bandido bom é bandido morto".
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A publicação causou revolta nas hostes bolsonaristas, e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, aproveitou a ocasião para atacar Guilherme Boulos, que hoje lidera a corrida pelo comando da capital paulista.
"Na sexta-feira Santa, ver uma postagem dessas é de cortar o coração. Um sacrilégio. Essa turma do Boulos só ataca a tudo e a todos. Estou indignado", escreveu Ricardo Nunes.
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No entanto, o deputado federal Guilherme Boulos respondeu neste sábado (30) ao ataque. Para Boulos, a declaração de Nunes revela que ele está aliado ao bolsonarismo em "princípio e método" e que, ao contrário do que prega, "está longe de ser um cristão exemplar".
"Ricardo Nunes tirou a Sexta-feira Santa para distorcer o post de um movimento social e criar terrorismo moral. Isso mostra que sua aliança com o bolsonarismo não é apenas eleitoral. É de princípio e método", inicia Boulos.
Em seguida, o pré-candidato do PSOL à prefeitura de São Paulo afirma que "a trajetória pessoal e política [de Ricardo Nunes] está longe de ser a de um cristão exemplar que ele tenta vender. Já vimos esse filme em 2022. E a verdade prevaleceu sobre as Fake News. Será assim novamente nas eleições deste ano".
A disputa eleitoral na capital paulista, como indicam as pesquisas mais recentes, deve ficar polarizada entre Ricardo Nunes e Guilherme Boulos. O primeiro é apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e o segundo pelo presidente Lula (PT).
Dessa maneira, além dos assuntos caros à cidade de São Paulo, o método bolsonarista de ataque político deve ser trazido por Nunes à disputa municipal pelo comando da capital paulista, que tem tudo para ser o centro das atenções das eleições de 2024 e um terceiro turno entre Lula e Bolsonaro.