Como diziam os mais velhos, ele “parece urubu na carniça”. Não pode ver qualquer coisa acontecendo, de boa ou ruim, que já quer se meter e tirar alguma forma de proveito. Com um comportamento parasitário conhecido de todos, Jair Bolsonaro (PT) deseja, agora, ir a Israel para “se contrapor” ao presidente Lula (PT) após o episódio em que o chefe de Estado declarou haver semelhança entre o massacre perpetrado por tropas israelenses contra o povo palestino que vive na Faixa de Gaza e o genocídio cometido pelos nazistas contra judeus durante a 2ª Guerra Mundial.
Pois é. Mesmo completamente atolado em inquéritos e investigações por uma gama imensa de acusações criminais, o ex-mandatário de extrema direita achou tempo para bolar uma “estratégia” que lhe traga algum fruto diante da crise diplomática desencadeada nos últimos dias. Ele só não contava com um problema... Ou melhor, contava: Bolsonaro está sem passaporte, uma vez que o documento foi confiscado por determinação judicial para que ele não fuja do Brasil.
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Segundo integrantes de seu séquito mais próximo, a intenção do ex-presidente, na verdade, era aproveitar a ocasião e fazer um “tour” com lideranças ultrarreacionárias de outros países, como EUA, em pleno ano eleitoral, Hungria e Espanha, além de reinos árabes ditatoriais. Ele já teria até as datas previstas para chegada e partido, o que o fez pressionar seus advogados para que deem jeito de recuperar o seu direito de viajar, mediante a devolução do passaporte pela Justiça.
Alimentado pelo filho Eduardo (PL-SP) e por outros aliados extremistas de primeira hora, sempre a incentivar o ininterrupto vandalismo institucional que produz desde a época da Presidência da República, Jair Bolsonaro, no entanto, terá que rever seus planos por ora, até porque não há qualquer sinal de que a Justiça devolverá seu passaporte num futuro próximo.