Levantamento DataFórum realizado entre os dias 8 e 15 de fevereiro revela que a narrativa de Jair Bolsonaro (PL) sobre as investigações da organização criminosa que tentou um golpe de Estado no Brasil tornou-se preponderante no Instagram e Facebook.
"A adesão ao bolsonarismo continua muito alta. O levantamento identificou mais de 21 milhões de reações, em quase duas mil publicações no Instagram e Facebook, um número impressionante para uma semana", diz Edgard Piccino, analista de redes sociais do DataFórum.
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Em um universo de 1.997 publicações, com 21,3 milhões de reações e 2,3 milhões de comentários, 67,76% foram favoráveis à narrativa do ex-presidente. Outros 24,01% foram negativos a Bolsonaro e 5,23% neutros.
"Os grandes influenciadores bolsonaristas, a maioria políticos com mandato, lideraram o ranking das postagens de maior interação, mostrando que os partidários do Bolsonaro não tem vergonha de se manifestar a favor do ex-presidente, que continua com muita força nas redes sociais", explica Piccino.
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A publicação com maior engajamento foi o vídeo publicado por Jair Bolsonaro na segunda-feira (12) convocando para o ato do dia 25 de fevereiro no Instagram, que teve 1.495.880 reações no período analisado.
A foto da traíra morta, publicada no dia seguinte, foi a segunda com maior engajamento, com 497 mil interações.
Em seguida, há publicações dos filhos Eduardo (PL-SP) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O ex-Globo Luís Ernesto Lacombe, que aderiu fortemente ao bolsonarismo, ficou com a quinta postagem mais engajada.
Os aliados tentam questionar a legalidade e fazem ilações sobre as motivações por trás das investigações.
Nas publicações negativas, além de comentários irônicos sobre a operação da PF, o maior destaque é a revelação que em uma reunião de 22 de julho de 2022, Jair Bolsonaro admite a possibilidade de perder a eleição e convoca apoiadores para um plano golpista.
O vídeo dessa reunião foi tornado público e repercutiu bastante, e reforçou a participação de Bolsonaro na trama golpista. Outro destaque foi a revelação que Bolsonaro sabia da "minuta do golpe" e pediu ajustes no texto.
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