Levantamento exclusivo realizado pelo DataFórum em 2.084 publicações no Instagram e Facebook sobre a chacina promovida pela Polícia Militar de São Paulo (PM-SP), estado governado pelo bolsonarista Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), nos bairros Vila Zilda e Vila Edna no Guarujá teve um amplo apoio da população nas redes.
No total, as publicações renderam 4,6 milhões de reações, sendo 403,3 mil comentários, mais da metade deles favoráveis à ação da PM-SP, que deixou pelo menos 16 mortos nos últimos 11 dias, quando teve início a chamada operação Escudo, após o assassinato do PM Patrick Reis, da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar).
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Segundo o DataFórum, 50,34% das interações foram favoráveis à ação da PM, comandada pelo secretário de segurança pública Guilherme Derrite, o "capitão" Derrite.
Apenas 1 em cada 4, em um índice de 23,1%, das interações são desfavoráveis à PM. Outras 26,56% reações são neutras.
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No Instagram, a publicação que teve mais reações - 302.713 - foi do perfil "Choquei", que afirma que "a Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo afirmou que policiais no Guarujá, no litoral paulista, mataram ao menos 10 pessoas".
Já no Facebook, a maior interação se deu em uma publicação do vereador do MBL, Fernando Holiday, que se filiou recentemente ao PL de Jair Bolsonaro. Na publicação, com 49.790 interações, Holiday diz que "vereadora do PSOL defende bandidos do Guarujá".
Favoráveis à PM
Nas publicações favoráveis à PM, a maioria dos usuários das redes elogiam a operação que serviu como resposta ao assassinato do PM e a prisão de Erickson David da Silva, o Deivinho acusado de ser o autor dos disparos que mataram o policial.
Os comentários também miram a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), com ultradireitistas afirmando que ela faz a defesa de bandidos, e o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, por expressar preocupação com a reação da PM após o assassinato do soldado. Há ainda manifestações de solidariedade ao secretário Guilherme Derrite.
Desfavoráveis à PM
As principais críticas à ação da PM teve como foco as mortes e denúncias de tortura, classificando a operação como "chacina".
Tarcísio e Derrite foram os principais alvos das críticas, principalmente em relação à reação desproporcional da ROTA e da PM, que teriam transformado a ação em "vingança". Entre as principais postagens está a que o vereador Eduardo Suplicy compartilha uma reportagem da Fórum sobre o caso.
Veja a íntegra do levantamento DataFórum.