DENÚNCIA

“A arma dele era a bíblia”, diz familiar de pastor morto por policiais no Guarujá

Moacir da Silva Júnior, de 34 anos, era ajudante de pedreiro e deixou esposa e dois filhos; família não registrou BO por medo de represália

Moacir da Silva Júnior.Créditos: Reprodução
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Uma das 16 vítimas fatais da Operação Escudo, no Guarujá, litoral de São Paulo, é Moacir da Silva Júnior, de 34 anos. Segundo informações de um familiar, que preferiu manter o anonimato, ele foi executado e jogado no mato.

O parente relatou que Moacir trabalhava como ajudante de pedreiro e era pastor: “Só bíblia, a arma dele era essa”, disse.

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A vítima morreu na comunidade Sítio Conceiçãozinha, em Vicente de Carvalho, distrito de Guarujá, no dia 31 de julho.

“Isso foi uma operação para acabar com o crime organizado em Guarujá ou para acabar com vidas de inocentes?”, questionou o parente, em entrevista ao G1.

A família de Moacir não registrou boletim de ocorrência (BO), ainda conforme o familiar, por medo de represália dos policiais. “Não é Operação Escudo, é operação chacina. Ele foi uma das vítimas dessa covardia”.

O pastor deixou esposa e dois filhos, de 11 e 15 anos. “Infelizmente, tinha um vício [não quis revelar qual], mas nunca fez nada de errado. O que ele queria, trabalhava para conquistar”, destacou.

“Uma perda que não passava pela nossa cabeça. Ele não podia ser tratado da forma que foi e ser jogado no mato de qualquer jeito", acrescentou.