ORCRIM BOLSONARISTA

Bolsonaro teve medo de ser preso durante o Carnaval e foi acalmado por aliados

Ex-presidente só teria se acalmado após auxiliares verificarem que não havia ordem de prisão. A partir de então, passou a tramar a reação às investigações conduzidas pela PF.

Jair Bolsonaro em vídeo sobre a remessa de dinheiro aos EUA.Créditos: Rede X / Jair Messias Bolsonaro
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Buscando mostrar sobriedade e articulando uma reação às investigações no ato marcado para o dia 25 de fevereiro, Jair Bolsonaro (PL) passou o Carnaval sob tensão por medo de ser preso e teve que ser acalmado por aliados próximos.

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Segundo Bela Megale, no jornal O Globo, a "alta tensão" de Bolsonaro se deu em razão da prisão de Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, durante a operação desencadeada na quinta-feira, dia 8.

O ex-presidente teria dito a aliados que tinha certeza que seria preso. Auxiliares e pessoas próximas tentaram acalmá-lo e entraram em contato até com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para descartar quaisquer ordens de prisão durante os dias de folia.

Mais calmo, na segunda-feira (12) Bolsonaro conversou com membros do PL, quando teria iniciado a ofensiva de "mostrar popularidade", sinalizando qual seria a reação dos apoiadores diante de sua prisão.

Dessa forma, começou a receber apoiadores em sua casa em Mambucada, vila história de Angra dos Reis (RJ), e recebeu do pastor Silas Malafaia, seu conselheiro, a ideia de promover o ato na Paulista.

Quase R$ 1 milhão aos EUA

Nesta quinta-feira (15), após o Carnaval, Bolsonaro usou uma desculpa esfarrapada para explicar a remessa de quase R$ 1 milhão para os EUA.

Segundo a PF, a remessa dos R$ 800 mil teria como objetivo financiar sua estadia na Flórida enquanto esperava que um golpe de estado saísse do papel no Brasil.

Os investigadores ainda dizem que, em último caso, de insucesso do golpe, ele pretendia se manter nos EUA para evitar possíveis inquéritos.

“Eu mandei o dinheiro acreditando na derrocada completa da poupança no Brasil”, disse Bolsonaro, que divulgou um vídeo nas redes sociais para tratar sobre o tema.

"Dizer a nossa querida Polícia Federal que o último país do mundo onde um golpista ditador enviaria recursos é (SIC) os EUA. Por quê? É um pais democrata que respeita tratados e esses recursos seriam imediatamente bloqueados", disse.