A Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (27), um requerimento convidando o embaixador da França no Brasil, Emmanuel Lenain, e o Diretor Presidente do Grupo Carrefour Brasil, Stéphane Maquaire, para serem ouvidos após a polêmica envolvendo a empresa e a os produtores de carne brasileiros.
Na Casa, a senadora Tereza Cristina (PP-MS) afirmou que é preciso que a França esclareça e exponha sua posição após a fala de um deputado de direita, dentro do parlamento francês, que declarou que a carne brasileira seria um "lixo" durante votação simbólica no parlamento francês do acordo entre MercoSul e a União Europeia para compra do alimento.
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"Isso precisa de uma retratação. Então é por isso que quero incluir os dois franceses, o senhor embaixador, com o maior respeito, para que coloque para nós qual a posição da República Francesa,e o CEO do Carrefour já que é a segunda maior receita do Carrefour global é o Brasil, 23 bilhões todo ano", disse a senadora.
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O presidente da Comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), também declarou que o episódio foi lamentável e gerou prejuízo. Ele classificou o ataque como "terror comercial".
"Nós não temos elementos suficientes para concluir qual o propósito do mais alto executivo de uma rede internacional de hipermercados a fazer descabidas, afrontosas e absuradas delcarções sobre a qualidade, sesgurança, confiabilidade da carna braisleira, Não sabemos se a inverdade escamuteia alvos ocutlos. como per Foi um boicote que acabou sendo boicotado pelo próprio mercado", disse o senador.
Entenda o caso
No dia 20 de novembro, o CEO do Carrefour publicou uma carta em suas redes sociais que anunciava a interrupção da venda de carne de países sul-americanos. A declaração teve repercussão negativa no Brasil, e frigoríficos iniciaram um boicote à empresa, interrompendo a venda de carne ao grupo.
Após a polêmica, o Carrefour publicou um pedido de desculpas nesta terça-feira (26), em que também elogia a carne brasileira. “Se a comunicação do Carrefour França gerou confusão e pode ter sido interpretada como questionamento de nossa parceria com a agricultura brasileira e como uma crítica a ela, pedimos desculpas”, diz um trecho da carta.
O CEO da empresa ainda acrescentou que "a agricultura brasileira fornece carne de alta qualidade, respeito às normas e sabor".
Leia a carta na íntegra através desta reportagem.
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