Após a divulgação do relatório final da Polícia Federal (PF) sobre a trama golpista que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 36 pessoas, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) pediu anistia "ampla, geral e irrestrita" como forma de trazer "normalidade" ao país.
"O único caminho para alguma normalidade e algum reequilíbrio entre os poderes é uma anistia ampla, geral e irrestrita. Estou cada vez mais convicto disso, e que inclua o ministro Alexandre de Moraes", declarou o parlamentar em sessão no Senado realizada nesta terça-feira (26). "Não são poucos os crimes cometidos por Alexandre de Moraes e por esse grupo de Lula na Polícia Federal", disse.
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Apesar de atacar Moraes e Lula, o filho de Bolsonaro não comentou nada sobre o fato de ambos serem alvos do planejamento golpista revelado pela Polícia Federal. O senador se limitou a dizer que seu pai seria "perseguido".
"Essa perseguição contra Bolsonaro e contra a direita não começou em 2022, em 2023 ou em 2024, começou muito antes", lamentou, em sua fala na tribuna da Casa.
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As investigações da Polícia Federal concluíram que Jair Bolsonaro “planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva” dos atos realizados por uma organização criminosa que planejou a execução de um golpe de Estado no país.
Anistia a golpistas
Quem também reforçou o tema da anistia aos golpistas do 8 de janeiro nesta terça-feira foi o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN).
"Ao defendermos anistia, não fazemos porque queremos anistiar crimes, defendemos que aqueles que depredaram sejam punidos. Nós queremos desarmar espíritos, a volta da normalidade democrática, queremos que a Constituição seja cumprida, queremos que o escudo que nos protege, que é a lei, possa voltar a vigorar neste país", disse ele.
Na Câmara dos Deputados, no anúncio da candidatura do Pastor Henrique Vieira à presidência da Casa, o deputado afirmou que, se eleito, não haverá anistia para quem “tentou um golpe contra a democracia”.
“Não é exagero ou sensacionalismo. Estranha-nos o presidente da Casa e o seu indicado não tratarem do arquivamento da proposta da anistia”, afirmou.