A Polícia Civil do Rio Grande do Sul, junto com a Polícia Civil de São Paulo, prendeu nesta quinta-feira (14) um homem de 36 anos em Jundiaí (SP) suspeito de realizar ameaças terroristas a autoridades públicas. A Operação Deus Vult investiga atos racistas, extremistas, homofóbicos e ameaças contra o Congresso Nacional em todo o país.
O criminoso é o mesmo suspeito de cometer ataques racistas e ameaças de morte e agressão seuxal contra a deputada estadual Bruna Rodrigues (PCdoB), incluindo senadores e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. De acordo com as investigações, desde pelo menos 2022, ele teria enviado ameaças à parlamentar por meio de um e-mail anônimo e criptografado.
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A operação policial apreendeu tablets, celulares, pen drives, um computador e um notebook. Os investigadores acreditam que os suspeitos estejam ligados a um grupo atuante na "deep web", onde teriam cometido crimes contra políticos de diferentes regiões do Brasil.
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A delegada afirmou não haver, até o momento, indícios de ligação entre o homem preso nesta quinta-feira e o autor do ataque suicida ocorrido na véspera, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. No entanto, ela destacou que um possível vínculo entre os dois casos não está descartado pelas investigações.
“Mas nós temos indicativos de que o suspeito participava de grupos extremistas”, disse Vanessa Pitrez, diretora-geral do Departamento Estadual de Investigações Criminais. “Vamos analisar todo esse material e poderemos ver se ele tem alguma relação com esse indivíduo, se se conheciam ou se participavam de grupos ideológicos similares”.
Realizada com o apoio da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jundiaí e do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil de Campinas (SP), a operação resultou na prisão em flagrante de um homem, que foi encaminhado ao Centro de Triagem. Outro suspeito, também alvo da ação, não foi localizado no endereço investigado. A polícia trabalha para identificar possíveis envolvidos adicionais nos crimes sob apuração. As investigações seguem em andamento.
"Realizada a perícia in loco em um dos dispositivos eletrônicos do alvo principal foram encontrados elementos que fizeram com que o delegado de Jundiaí decidisse por sua prisão em flagrante", afirmou a delegada.