De Baku, Azerbaijão -- O atentado em Brasília causou espanto e preocupação na delegação brasileira que participa da COP29.
Ironicamente, os brasileiros se sentiram seguros em Baku, na região do Cáucaso, uma das mais conflagradas do planeta.
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Além de disputas regionais promovidas por movimentos separatistas e autonomistas, fica ao norte do Azerbaijão a Chechênia.
A capital Grozny foi demolida pela Rússia sob a alegação de aniquilar fundamentalistas islâmicos que supostamente teriam cometido atentados terroristas em Moscou.
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Antes de voltar ao Brasil, o vice-presidente Geraldo Alckmin disse estar seguro de que a reunião do G20 no Rio de Janeiro, nos dias 18 e 19 de novembro, vai acontecer sem incidentes.
Ele resumiu em uma frase:
Triste pela perda de vida e grave por ser um atentado a uma instituição da República [STF], um poder da República.
Ineditismo
Apesar das tentativas de provocar um golpe contra o presidente Lula no final de 2021 e início de 2022, quando se planejou explodir uma bomba nas proximidades do aeroporto de Brasília, -- conforme relatado na série documental da Fórum -- o aparente homem bomba suicida causou espanto pelo ineditismo.
Por isso, Alckmin enfatizou que é preciso manter um trabalho permanente de acompanhamento daqueles que se dispõem a atos tresloucados:
Esses atos absurdos comprometem a paz, comprometem a democracia, comprometem a segurança. Mas nós temos instituições sólidas e a apuração será rigorosa
Hoje, antes de retornar a Brasília, Alckmin se encontrou com o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, que convidou Lula para visitar o país.
Preocupante
Recém-chegado a Baku, depois que a maior parte da delegação brasileira já está voando de volta, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, ficou sabendo do atentado ao desembarcar na cidade.
Por questões de segurança, o Azerbaijão fechou suas fronteiras terrestres durante toda a COP, que vai até o dia 22.
A notícia das bombas em Brasília repercutiu nos portais mais importantes de Baku, com a reprodução do vídeo das explosões nas redes sociais.
Os textos notaram que o atentado ao STF aconteceu dias antes da reunião do G20 e da visita oficial do presidente chinês Xi Jinping a Brasília.
O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, disse à Fórum que tomou um susto ao saber do ataque:
É muito triste. É preocupante. A democracia precisa ser exercida na palavra, no voto, no discurso -- não por meio de qualquer atentado. É muito triste que a gente passe a ter isso no Brasil. Espero que as investigações cheguem logo à conclusão se foi um caso isolado ou se existe um grupo de pessoas envolvidas.