NEPOTISMO

Filipe Mello, filho do governador Jorginho Mello, desiste da Casa Civil: "meu defeito é ser filho'

Nomeação do advogado gerou polêmica e ação na Justiça de Santa Catarina por nepotismo

Jorginho Mello e Filipe Mello.Créditos: Reprodução
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Após ser alvo de ação por nepotismo na Justiça de Santa Catarina, o advogado Filipe Mello, filho do governador Jorginho Mello, desistiu da nomeação para o cargo de secretário estadual da Casa Civil, nesta terça-feira (9).

O anúncio aconteceu por meio do seu Instagram, onde escreveu que "conversando com o governador Jorginho Mello, mesmo sendo absolutamente legal, concluímos que devo continuar auxiliando o governador da maneira que faço hoje. Sem cargo no Governo. Quem nos conhece sabe da relação que temos e sabe que não preciso de emprego. Minha vida está solidificada na advocacia, profissão pela qual sou apaixonado e exerço com plenitude. Transparência e confiança sempre nos pautaram".

O advogado continuou, elogiando as ações do governo de Jorginho Mello, e afirmou que ele está "corrigindo erros do passado que muito prejudicaram os catarinenses". 

Filipe também declarou que entende "que poderia contribuir mais e melhor, mas o que não precisamos é de polêmicas infrutíferas", e afirmou que "continuarei ajudando, como sempre fiz, a pessoa do Governador, meu pai".

Por fim, o filho de Jorginho Mello disse que seu defeito é "biológico", é "ser filho".

Entenda o caso

Filipe havia sido indicado pelo pai para assumir o cargo mas foi barrado por uma liminar do desembargador substituto João Marcos Buch, emitida no dia 5 de janeiro, que impedia a ação com base no decreto estadual 1.836/2008, que "veda a nomeação de cônjuge, companheiro(a) ou parente, para cargo em comissão, de confiança ou de função gratificada na administração pública estadual direta e indireta".

No entanto, nesta segunda-feira (8), o desembargador Gilberto Gomes da Silveira derrubou a liminar e concedeu a nomeação. Ele usou o mesmo decreto citado por Buch, mas justificou que ele trata apenas de "cargo em comissão, de confiança ou de função gratificada na administração pública estadual”.

 

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