ANTES TARDE DO QUE NUNCA

Padre Fábio de Melo quebra o silêncio sobre perseguição ao padre Júlio Lancellotti

Sacerdote-cantor resolveu se posicionar sobre o assunto após intensas cobranças de fiéis e usuários das redes sociais

Os padres Fábio de Melo e Júlio Lancellotti.Créditos: Reprodução/Facebook/Agência Brasil
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O padre Fábio de Melo, conhecido por sua atuação nas redes sociais e também como cantor, resolveu finalmente se posicionar sobre a perseguição ao padre Júlio Lancellotti que vem sendo promovida pela extrema direita paulistana após intensas cobranças de fiéis e internautas. 

Na noite desta quinta-feira (4), Fábio de Melo publicou em seu perfil do Instagram a nota que a Arquidiocese de São Paulo havia divulgado em apoio a Júlio Lancellotti e escreveu: 

"A @arquidiocesedesaopaulo emitiu uma nota oficial para tratar dos assuntos que envolvem a atual situação do @padrejulio.lancellotti. Conheci o padre Júlio quando eu ainda era seminarista, na Pastoral Carcerária. Ao longo dos anos, em campanhas específicas, ajudei e divulguei o seu trabalho social. Recentemente falei com ele, prestei minha solidariedade. Neste momento, peço que Deus o fortaleça, que o conduza, e que tudo se esclareça o mais rápido possível". 

Confira:

Reprodução/Instagram Padre Fábio de Melo

Arquidiocese de SP

A assessoria de imprensa da Arquidiocese de São Paulo difundiu uma nota, na noite desta quarta-feira (3), em que se posiciona sobre a perseguição ao padre Júlio Lancellotti que vem sendo promovida pela extrema direita da capital paulista. 

O vereador Rubinho Nunes (União), um dos fundadores do Movimento Brasil Livre (MBL), articulou junto à cúpula da Câmara Municipal de São Paulo a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar Organizações Não Governamentais (ONGs) que trabalham com pessoas em situação de rua.

A já chamada CPI das ONGs deve ser instalada assim que a Câmara Municipal de São Paulo retomar os trabalhos, em fevereiro. O alvo principal da comissão é a atuação do padre Júlio Lancellotti na região central da capital, mais especificamente na cracolândia, e a relação dele com as entidades. O religioso é referência nacional e internacional no trabalho de acolhimento dos mais vulneráveis. 

A Arquidiocese de São Paulo informou, no comunicado oficial, que acompanha "com perplexidade" a perseguição ao Padre Júlio através da abertura da CPI. 

"Na qualidade de Vigário Episcopal para a Pastoral do Povo da Rua, Padre Júlio exerce o importante trabalho de coordenação, articulação e animação dos vários serviços pastorais voltados ao atendimento, acolhida e cuidado das pessoas em situação de rua na cidade", diz a circunscrição da Igreja Católica. 

"Reiteramos a importância de que, em nome da Igreja, continuem a ser realizadas as obras de misericórdia junto aos mais pobres e sofredores da sociedade", prossegue a entidade religiosa.