Nesta quarta-feira (27), foi decidido que a CPI do MST não seria prorrogada. Assim, a comissão perdeu o prazo para votar o relatório do deputado bolsonarista Ricardo Salles (PL-SP).
A comissão já havia sido prorrogada uma vez para votação do relatório, mas, novamente, perdeu o prazo. Até o momento, não foi concedida a prorrogação e a comissão deve terminar sem uma conclusão.
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O objetivo da CPI era tentar criminalizar o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e outras organizações que lutam pela reforma agrária ao redor do país.
Porém, sem tempo para votar o relatório, a CPI se configurou como uma grande perda de tempo para a extrema-direita bolsonarista, para o governo e para os movimentos sociais.
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Foram gastos mais de R$ 66 mil com viagens de parlamentares a assentamentos para tentar encontrar crimes envolvendo as entidades de luta pela terra, mas nada foi comprovado.
Em uma das viagens, parlamentares de extrema-direita chegaram a tentar invadir casas de assentados sem mandado judicial.
O militante da Coordenação Nacional do MST, João Paulo Rodrigues, celebrou o fim da comissão agradecendo ao apoio da esquerda e criticando a CPI.
"Acabou a CPI contra o MST! Terminou de forma vexatória. A extrema-direita sequer colocou em votação o relatório. O desfecho deixa evidente que não há nada contra o nosso movimento. Esses deputados de direita só queriam palanque para aparecer. Obrigado a todos e todas pelo apoio", disse João nas redes sociais.
Essa é a terceira CPI movida contra o MST. Assim como as duas anteriores, nada foi comprovado contra os movimentos de luta pela reforma agrária no Brasil.