O ex-procurador da Lava Jato e ex-deputado federal Deltan Dallagnol já anunciou que pretende deixar o Podemos, seu atual partido, para se filiar ao Partido Novo. Mas é possível que nem nisso ele consiga ter êxito.
A ironia do destino é que o próprio Novo, fundado em momento em que o chamado “espírito da Lava Jato” estava na crista da onda, possui uma regra que impediria a filiação. A informação foi revelada pela coluna do Igor Gadelha, no portal Metrópoles.
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De acordo com o estatuto da legenda, o cidadão que quiser se filiar precisa estar no “pleno gozo dos seus direitos políticos”, o que não é o caso do ex-procurador.
Acusado de manipular processos internos relativos a sua atuação no MP, saindo do órgão enquanto tramitavam os processos administrativos e disciplinares contra ele no Conselho Nacional do Ministério Público, Dallagnol foi enquadrado a Lei da Ficha Limpa, que tanto defendeu, ao lançar sua candidatura em 2022.
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Ele teve o mandato cassado por unanimidade e perdeu seus direitos políticos por 8 anos em 16 de maio desse ano no Tribunal Superior Eleitoral. Em 6 de junho a Câmara dos Deputados ratificou a decisão e seu suplente, Luis Carlos Hauly (Podemos), tomou posse.
Agora, para aceitar sua filiação, o Novo tem dois caminhos: esperar 8 anos e torcer para Dallagnol não se enrolar com mais nada, ou mudar o artigo 4º do seu estatuto, redigido em junho de 2017 quando o próprio partido foi criado.
Nem Dallagnol e nem o Novo se pronunciaram para os meios de comunicação.