O ministro da Defesa José Múcio Monteiro segue saindo em defesa das Forças Armadas após as novas revelações envolvendo a delação do tenente-coronel Mauro Cid, que informou que o almirante da Marinha Almir Garnier apoiou um golpe militar em favor de Bolsonaro no fim do ano passado.
Múcio continua mantendo a narrativa de que só não houve golpe por conta das Forças Armadas e que a atitude de Garnier foi individual e não institucional.
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O ministro é uma espécie de escudo político para os comandantes das Forças, que não desejam que as investigações entrem na caserna.
Em entrevista à Veja, o chefe da pasta manteve a narrativa. "Eu acho que essa questão dos golpes eram questões isoladas. Podia o Garnier querer, mas a Marinha não queria. O Freire Gomes eu não sei se queria, não senti nenhuma tendência disso, nem do Batista Jr. Eles podem ter participado de reuniões porque o presidente da República os convocava", disse.
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Múcio, próximo de Bolsonaro, tentou jogar o ex-presidente na roda e tentou garantir que os comandantes das armas do governo Lula são garantistas.
"Neste governo, isso não acontece", afirmou Múcio à Veja.
Antes, o chefe da pasta já havia condenado Garnier. "Havia um presidente eleito, havia um presidente empossado, a Justiça promulgou, de maneira que nós estávamos 100% do lado da lei, e ele não", disse.
Uma reportagem de hoje publicada no Valor Econômico revelou que o general de Exército Freire Gomes afirmou que não compactuava com o golpe proposto por Bolsonaro: “Se o senhor for em frente com isso, serei obrigado a prendê-lo”, teria dito ele ao ex-presidente.
O general tinha conhecimento de que não havia condições para o golpe dentro da própria arma do Exército. Ele sabia que os comandantes do Sul, Sudeste, Leste e Nordeste não apoiariam quaisquer aventuras golpistas do capitão das