Podem acreditar. Por mais que pareça piada, o álbum “Pra quem eu gosto”, gravado em 2014, pelo ministro pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, está longe de ser ruim.
O álbum, que acaba de subir para as plataformas digitais, é dedicado a avó do ministro, Consuelo Bandeira de Melo Azevedo, que deu a ele o primeiro violão de presente.
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Os mais maldosos podem até dizer que como cantor e compositor, o pernambucano Múcio é um excelente ministro. Outros nem isso, mas o fato é que ele passa ao largo de passar vergonha.
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Muito bem produzido pelo cantor e compositor Nando Cordel – o grande parceiro de Dominguinhos em canções como “De volta pro aconchego” – e com arranjos do músico Tavinho, o álbum traz excelentes arranjos, com boa instrumentação, bem executada, além de mixagem equilibrada. Enfim, um trabalho profissional.
Fora isso, as composições, quase todas de autoria do próprio ministro, como "Em Todo Lugar", "Revés", "Amigo E Companheiro" e "Canção Para Ninar Diferente", tem ecos nas canções e sambas urbanos das décadas de 60 e 70.
Não são grandes obras-primas, mas todas bem construídas têm boas melodias, letras de métrica adequada e, em sua maioria, bastante românticas. É inevitável dizer que, como hobby, ficam muito acima do esperado.
Em consonância com as composições, Múcio as interpreta com aquele vozeirão típico da passagem entre o bel canto de Orlando e Sílvio Caldas para os grandes cantores pré-bossa nova, no estilo Lúcio Alves e Dick Farney.
Múcio, que atualmente é ministro da Defesa, já foi ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) e é tido como homem de confiança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nos primeiros mandatos, ele costumava tocar violão para o chefe do Executivo.
Jornalistas que participaram de saraus com a sua presença garantem que tiveram momentos agradáveis ao som do ministro.