O historiador, ex-deputado federal e pesquisador em Forças Armadas, Manoel Domingos Neto, afirma que há um movimento claro nas FFAA em rejeição a José Múcio, atual ministro da Defesa. A análise foi realizada no programa Fórum Café desta sexta-feira (18).
Para o analista, Múcio - que cumpre o papel de representante do Exército, da Marinha e da Aeronáutica no governo - está sendo empurrado para fora do governo pelas forças.
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A ideia é que se tensione ao máximo a relação entre Lula e Múcio. “O atual ministro da defesa é muito honesto quando diz que está lá para representar as forças armadas. Ele não está lá para representar o Lula”, disse Manoel.
“Nesse sentido, os comandantes orientam o ministro a tensionar, visando a sua demissão. Mais cedo ou mais tarde, o presidente vai demitir o Múcio pela posição afrontosa que ele tem com o próprio presidente”, completou o historiador.
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Uma queda inevitável
Múcio já havia sido centro de crises dentro do governo desde o início do ano, quando havia afirmado que tinha amigos bolsonaristas nos acampamentos golpistas pró-Bolsonaro.
E as posições do ministro da Defesa sobre o 8 de janeiro devem ser o ponto final disso. “O Múcio está sendo levado a considerar como o grande responsável pelo 8 de janeiro o Lula. É isso. O grande responsável quem foi? A vítima. Ele está tensionando ao limite máximo a sua demissão”, completa.
“O Múcio representa as FFA, portanto o que ele diz é resultado do consenso das três Forças. O que ele fala, não é o que ele pensa, ele só representa. Ele não fala pelo governo. É uma espécie de adereço isótipo nesse papel do ministro”, afirmou Manoel. “Isso vai ter que ser resolvido. Nós caminhamos para um tensionamento, e o Múcio está pedindo para sair”, completou.
Na visão do analista, a cúpula do exército quer um ministro mais pró-ativo, que os apoie na contingência da presidência da República, como Geraldo Alckmin.
Confira a entrevista completa de Manoel Domingos Neto para o programa Fórum Café desta sexta-feira (18):