O deputado federal Rogério Correia (PT-MG), que tem se destacado como um dos parlamentares mais combativos na CPMI dos Atos Golpistas, usou seu perfil no Twitter na tarde desta quarta-feira (2) para anunciar que protocolou um requerimento para que a Comissão tome o depoimento de Walter Delgatti Neto, o ‘hacker de Araraquara’, que teria tentado invadir o sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a mando de Carla Zambelli (PL-SP) e com anuência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
- Nesta quarta (2) Zambelli foi alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal, no âmbito da Operação 3FA, a mesma que levou o hacker de Araraquara de volta para a prisão;
- O registro de uma transferência via Pix no valor de R$ 13,5 mil feito por assessores de Zambelli foi o principal motivo que fez com que a deputada bolsonarista virasse alvo da ação;
- Em depoimento, Delgatti afirmou que recebeu o valor como parte do pagamento - o restante teria sido acertado em dinheiro vivo - "para ficar à disposição da deputada";
- Um dos "serviços" prestados pelo hacker foi invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para inserir um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
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“Os documentos forjados incluíam um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes com a frase ‘faz o L’. Queremos entender a ligação dessas ações com os atos golpistas de 8 de janeiro e com a escalada antidemocrática no país”, escreveu Rogério Correia no tuíte.
Na mesma publicação, o parlamentar petista relembra uma frase dita por Zambelli em discurso no acampamento bolsonarista do Quartel-General do Exército em Brasília, no período após as eleições, em que diz: “Saibam que tem gente trabalhando no bastidor [para Bolsonaro reverter o resultado eleitoral].”
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Clique aqui e relembre a trajetória de Walter Delgatti Neto, de algoz da Lava Jato aos braços de Zambelli e Bolsonaro. Uma atualização está disponível neste link.