Em meio à expectativa de novas operações contra a Organização Criminosa de Jair Bolsonaro (PL) que traficou joias recebidas pelo governo federal para vender nos EUA, o ministro da Justiça Flávio Dino anunciou que fará uma reunião com secretários de segurança pública dos Estados para tratar de investigações contra "facções criminosas e mortes violentas intencionais".
"Nesta semana teremos reunião com os Secretários de Segurança Pública dos Estados. Vamos conversar sobre prioridades: investigações contra facções criminosas e mortes violentas intencionais. Desde o início do ano, temos trabalhado com os Estados e vamos continuar nesse caminho de diálogo com todos (SUSP e sociedade civil)", anunciou Dino pelas redes sociais.
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Na pauta com os secretários, o ministro da Justiça deve pedir explicações sobre a atuação violenta das polícias militares em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.
OrCrim de Bolsonaro
No fim de semana, Dino foi às redes sociais rebater as críticas do ex-ministro do Trabalho e ex-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Almir Pazzianotto, que atacou o ministro de Lula por ter autorizado uma operação contra o pai de Mauro Cid, o general Mauro Lourena Cid.
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"O Ministro da Justiça Flávio Dino comete grave erro estratégico ao determinar a invasão da residência de um general quatro estrelas por agentes da Polícia Federal. A violência desnecessária atinge oficiais da ativa e da reserva. O comandante do Exército foi ouvido e concordou?", questionou Almir Pazzianotto.
Dino, ao tomar conhecimento da publicação, respondeu ao questionamento de Pazzianotto e ainda deu uma aula ao ex-ministro.
"Eminente ministro, em respeito à sua história, esclareço que não houve 'invasão'. A Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão, expedido pelo Poder Judiciário, nos termos da Constituição e do Código de Processo Penal", iniciou Dino.
Em seguida, desmontou as insinuações de Pazzianotto. "Certamente o senhor concorda que todos os indícios de crimes devem ser investigados, independentemente de trajes civis ou militares. Aproveitando o ensejo, presto homenagem à Polícia Federal, que tem cumprido as leis e as ordens judiciais com dedicação e seriedade", concluiu Flávio Dino.