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Flávio Dino humilha ex-ministro que criticou operação da PF contra pai de Mauro Cid

Na última sexta-feira, a Polícia Federal deflagrou ação em torno do escândalo das joias

Flávio Dino humilha ex-ministro que criticou operação da PF contra pai de Mauro Cid.Créditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O ex-ministro do Trabalho e ex-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Almir Pazzianotto, utilizou as redes sociais para criticar o ministro da Justiça, Flávio Dino, por ter autorizado uma operação contra o pai de Mauro Cid, o general Mauro Lourena Cid.

"O Ministro da Justiça Flávio Dino comete grave erro estratégico ao determinar a invasão da residência de um general quatro estrelas por agentes da Polícia Federal. A violência desnecessária atinge oficiais da ativa e da reserva. O comandante do Exército foi ouvido e concordou?", questionou Almir Pazzianotto.

Dino, ao tomar conhecimento da publicação, respondeu ao questionamento de Pazzianotto e ainda deu uma aula ao ex-ministro.

"Eminente ministro, em respeito à sua história, esclareço que não houve 'invasão'. A Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão, expedido pelo Poder Judiciário, nos termos da Constituição e do Código de Processo Penal", iniciou Dino.

Em seguida, desmontou as insinuações de Pazzianotto. "Certamente o senhor concorda que todos os indícios de crimes devem ser investigados, independentemente de trajes civis ou militares. Aproveitando o ensejo, presto homenagem à Polícia Federal, que tem cumprido as leis e as ordens judiciais com dedicação e seriedade", concluiu Flávio Dino.

Pai de Mauro Cid é alvo de operação da PF 

A Polícia Federal (PF) cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em Brasília, Niterói e São Paulo na última sexta-feira (11) na Operação Lucas 12:2, um desdobramento das investigações em torno do inquérito que envolve o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) na Presidência da República, o tenente-coronel Mauro Cid.

O pai de Cid, o general Mauro Cesar Lourena Cid, que foi amigo de Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), é um dos alvos da operação. Segundo as investigações ele teria tentado vender as joias recebidas pelo ex-presidente em viagens oficiais durante viagem aos EUA. 

Outro alvo da operação é Osmar Crivelatti, também militar, que foi subordinado a Mauro Cid na Ajudância de Ordens da Presidência.

De acordo com a investigação, os valores obtidos dessas vendas foram convertidos em dinheiro em espécie e ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores.

Segundo a PF, a operação tem o objetivo de esclarecer a atuação de associação criminosa constituída para a prática dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de peculato e lavagem de dinheiro.

As ações ocorrem dentro do inquérito policial que apura a atuação do que se convencionou chamar “milícias digitais” em tramitação perante o Supremo Tribunal Federal.

O nome da operação é uma alusão ao versículo 12:2 da Bíblia, que diz: “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido".


 

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