O ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, usou as redes sociais na tarde desta sexta-feira (11) para mandar um duro recado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre as investigações que podem levá-lo à prisão.
Nos últimos dias uma série de revelações contidas em mais de 17 mil mensagens da ajudância de ordens, apagadas das caixas de entrada dos subordinados de Mauro Cid mas não das lixeiras dos e-mails, vem revelando maiores detalhes sobre o escândalo das joias sauditas e o das pedras preciosas recebidas por aliados durante a campanha.
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Também desperta suspeitas de eventuais rachadinhas no Palácio do Planalto operadas pelo tenente-coronel e ex-ajudante de ordens. Os e-mails estão em posse da CPMI dos Atos Golpistas no Congresso Nacional que agora investiga, em paralelo com a própria PF e o Ministério da Justiça, a relação entre as tentativas de apropriação e revenda das joias e os atos golpistas que culminaram nos ataques de 8 de janeiro.
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Nessa sexta (11) foi a vez do pai de Mauro Cid, o general Mauro Cesar Lourena Cid, que foi amigo de Bolsonaro na Aman (Academia Militar das Agulhas Negras), ser alvo de uma operação da Polícia Federal. Segundo as investigações, ele teria tentado vender as joias recebidas pelo ex-presidente em viagens oficiais durante uma visita aos EUA.
A esse quadro o ministro Flávio Dino chamou de “golpe monetizado” em suas redes sociais. E ainda fez uma graça no final da declaração citando metáforas bíblicas.
“Há direta relação entre o desespero golpista e o comércio criminoso de joias milionárias. Ou seja, era uma tentativa de golpe monetizado. Acima de tudo e de todos, estava o vil metal - Mamom - e não Deus ou o Brasil”, escreveu Dino no Twitter.