O ex-presidente Jair Bolsonaro, o mesmo que se lambuza comendo frango com farofa ou pão com leite condensado, foi treinar seu verniz nesta quarta-feira (26), num almoço na casa da socialite Marly Mansur, em São Paulo.
O convescote foi organizado pela Confraria Caves, na casa da empresária, no Morumbi, bairro nobre da zona oeste da capital paulista, e contou com 250 participantes, entre empresários e outros endinheirados.
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A presença mais “lustrosa”, além do ex-presidente, foi o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que tentará a reeleição em 2024. A ausência mais notada foi a do governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
Além dos dois, estiveram por lá o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) e o ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten.
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Todos os talheres contra Boulos
O cardápio do encontro foi a importância da união da direita, para evitar uma suposta vitória do deputado federal e líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Guilherme Boulos (PSOL), que largou na frente nas principais pesquisas feita até agora para a prefeitura de São Paulo.
Costa Neto enfatizou a importância de Bolsonaro apoiar Nunes em 2024, com o objetivo de evitar uma vitória da esquerda. "Nós precisamos nos unir, fazer de tudo para trazer esses votos do Bolsonaro só para somar. Porque se brincarmos aqui, vamos ter o Boulos de prefeito e na próxima eleição ele será candidato a presidente do Brasil, com o dinheiro de São Paulo", disse.
"É evidente que ele queria ter um candidato dele aqui em São Paulo. Ele elegeu o governador, elegeu nosso senador. É evidente que ele queria ter um prefeito dele em São Paulo. Ricardo, eu estou vendo que vai ser o prefeito dele aqui em São Paulo. É isso que nós precisamos trabalhar", disse ainda Costa Neto.
Bolsonaro não declarou apoio a Nunes, mas afirmou aos presentes a importância de se conhecer o seu trabalho. "(Tem que) mostrar o que o prefeito fez. Não é do nosso meio apontar os defeitos dos outros", disse.
Por conta da falta de um nome forte para a prefeitura, o "núcleo duro do bolsonarismo" deve apoiar Nunes. Mas, para isso, Bolsonaro deve indicar o vice da chapa.
Nunes, por sua vez, afirmou à imprensa antes do almoço que não é próximo do ex-presidente. "Não vou forçar ninguém a me apoiar. Estou fazendo o meu trabalho, procurando tornar uma cidade melhor a cada dia e aí deixar as pessoas terem a sua decisão. Se vier o apoio, ótimo."
Marly Mansur
A socialite Marly Mansur é descrita em alguns textos de divulgação como “empresária, dona de escritórios de administração, conhecida mundialmente por receber em sua belíssima casa no elegante bairro do Morumbi-SP, várias personalidades de áreas diferenciadas”.
Entre as várias “personalidades” recebeidas por ela está o ex-vice presidente e atual senador Hamilton Mourão.
O texto informa ainda que ela “circula nas mais badaladas festas do Brasil” e é “figura imprescindível nas reuniões das mais elegantes mulheres do jet set paulista”.
O texto encerra com um de seus lemas: “não se deixe intimidar pelo que você não sabe. Essa pode ser a sua maior força e garantir que você faça as coisas de maneira diferente de todos os outros.”
Com informações da Agência Estado