Nesta quarta-feira (26), o presidente do PL Valdemar Costa Neto se reuniu com o ex-presidente inelegível Jair Bolsonaro (PL) e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), para discutir a conjuntura para as eleições de São Paulo no ano que vem.
Segundo presentes na reunião, Valdemar deu declarações que reforçam o favoritismo de Guilherme Boulos, deputado federal pelo PSOL de São Paulo, na liderança da corrida e especulou até uma candidatura à presidência para Boulos em 2026.
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“Nos precisamos nos unir, fazer de tudo para trazer esses votos do Bolsonaro, só para somar. Porque, se nós brincarmos, aqui nós vamos ter o (Guilherme) Boulos de presidente (prefeito) e, na próxima eleição, ele candidato a presidente do Brasil, com o dinheiro de São Paulo”, disse Valdemar.
Isso ocorreu após Nunes afirmar que não era próximo a Bolsonaro e que gostaria de ter o apoio de "todos". Vale ressaltar que a base de apoio do emedebista conta elementos que fazem oposição ao ex-presidente, como Soninha Francine (Cidadania) e Marta Suplicy (MDB), que ocupam secretarias dentro do governo.
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“Nos temos que nos unir. Eu fiquei feliz quando vi que o Bolsonaro entendeu isso perfeitamente. É evidente que ele queria ter um candidato dele aqui em São Paulo. Ele elegeu o governador, elegeu nosso senador. É evidente que ele queria ter um prefeito dele em São Paulo. Ricardo (é quem) eu estou vendo que vai ser o prefeito dele aqui em São Paulo. É (para) isso que nós precisamos trabalhar”, afirmou Valdemar.
O cálculo político de Bolsonaro de não enviar um candidato oficial do PL ou de extrema-direita para as eleições de São Paulo já visa possíveis alianças para 2026. E apesar de não ser presidente, Bolsonaro pode ser cabo-eleitoral.
As pesquisas eleitorais para a prefeitura de São Paulo indicam liderança do PSOL. No cenário da Paraná Pesquisas, Boulos tem 39%, Salles (que já abandonou a candidatura pelo PL) tem 20%, Nunes tem 13% e Tabata (PSB) tem 7%.