INELEGIBILIDADE

VÍDEO: Boulos ironiza "multidão" de apoiadores de Bolsonaro em frente ao TSE

"Eu fico triste pela multidão que foi ao TSE defender Bolsonaro e vai ter que voltar semana que vem", escreveu Boulos junto a um vídeo que mostra a "mobilização" de bolsonaristas em frente ao TSE.

Sede do TSE durante o julgamento de Bolsonaro.Créditos: Reprodução/Twitter
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O deputado federal e líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos (PSOL-SP), ironizou a "multidão" de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) que terão que voltar na próxima terça-feira (27) em frente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a continuidade do julgamento que deve resultar na inelegibilidade do ex-presidente.

"Eu fico triste pela multidão que foi ao TSE defender Bolsonaro e vai ter que voltar semana que vem", escreveu Boulos em um tuite juntamente com um vídeo onde não se vê nenhuma pessoa em frente à sede da Justiça Eleitoral.

A sessão que deu início ao julgamento do processo, que pede a condenação de Bolsonaro por abuso de autoridade e uso da TV Brasil no evento em que convocou embaixadores para atacar as urnas eletrônicas, foi encerrada no início da tarde após leitura do relatório pelo corregedor Benedito Gonçalves e exposição do Ministério Público Eleitoral e dos advogados de Bolsonaro e do PDT, autor da ação.

Em sua explanação, o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet Branco, afirmou que "os elementos do abuso e poder estão demonstrados". "Um discurso que é apto por si a perturbar a tranquilidade institucional durante as eleições", emendou.

Walber Agra, advogado do PDT, foi duro em sua exposição e acusou Bolsonaro de "difusão sistemática e fake news e ataques sistêmicos à democracia, principalmente aos ministros e a esta Corte e ao STF".

Já a defesa de Bolsonaro, representada pelo advogado Tarcísio Vieira de Carvalho minimizou os atos golpistas do ex-presidente, dizendo que "não dá para dizer que a reunião com os embaixadores foi o acender de um rastilho de pólvora que resultou nos atos de 8 de janeiro".

Em seu relatório, no entanto, o ministro Benedito Gonçalves afirma que a incitação de Bolsonaro contra as urnas eletrônicas acarretou "uma inédita mobilização de parcela da população que rejeitava o resultado do pleito, sendo notório os acampamentos, manifestações que reuniram pessoas convictas de que as eleições haviam fraudadas, estando ainda muito presentes e nítidas as imagens de 8 de janeiro último, de destruição e toda a violência dos poderes constituídos".